A aproximação de um ou dos “famosos” dois homens em uma moto gera inúmeros pensamentos. Situações como essa se repetem diariamente e, muitas vezes, nem são o que parecem ser.
A estigmatização dos motociclistas, principalmente daqueles que utilizam o veículo como trabalho, é reflexo do alto do número de criminosos que tornaram a moto em uma verdadeira arma devido a atributos que, nas mãos erradas, acabam sendo um prato cheio.
O uso do capacete, que dificulta o reconhecimento, a agilidade na locomoção, que contribui na fuga, e o fato de se misturar facilmente entre milhares de motociclistas, passando-se até por falsos entregadores, são alguns dos motivos que tornaram a moto um item que gera medo e incertezas.
A deturpação da imagem do motociclista não só gera impactos à sociedade, que hoje não sabe a que momento será assaltada, mas também causa danos ao sujeito real que utiliza o veículo como meio de transporte ou de trabalho.
Uma situação que se repete em diferentes regiões, e em Ribeirão Pires não seria diferente. Aqui, os números observados motivaram uma operação da Polícia Civil voltada quase exclusivamente ao combate de práticas criminosas sobre duas rodas.
É preciso dizer que este problema está para além da segurança pública, é social e exige debates e promoção de políticas públicas. Não basta identificar e prender um criminoso, mas sim resolver o problema e devolver a legitimidade motociclistas.