Editorial

Tal pai, tal filho?

Da Folha de Ribeirão Pires

Qual será o destino de Guto Volpi (PL)? Essa pergunta será respondida na quinta-feira (21) durante o julgamento do pedido de cassação contra seu mandato impetrado pelo partido Podemos e o Ministério Público.

O recurso será julgado em Brasília pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e marca mais um episódio da eleição municipal que, até então, não chegou a um desfecho definitivo.

Há exatamente um ano, mais especificamente no dia 14 de setembro de 2022, víamos Clovis Volpi (PL) deixar a Prefeitura de Ribeirão Pires. O então prefeito perdeu o direito de seguir como chefe do Executivo da Estância após o TSE reconhecê-lo como ficha-suja em virtude da rejeição de suas contas em 2012, portanto não poderia ter sido candidato nas eleições de 2020, quando saiu vencedor das urnas.

Agora será a vez do filho ser julgado pelo mesmo TSE, que condenou seu pai. Guto, que assumiu interinamente por um primeiro momento, seguiu no comando após vencer a eleição suplementar - o que, em tese, desrespeitaria uma o parágrafo 7º do Artigo 14 da Constituição Federal, que prevê inelegibilidade por grau de parentesco para aqueles que tenham assumido o cargo dentro dos seis meses anteriores ao pleito. No caso da família Volpi, o intervalo foi de apenas três meses.

Se a novela terá o mesmo desfecho, só saberemos na próxima quinta-feira feira. Até lá, serão dois dias de muitas especulações e agito pelos bastidores da política municipal, que já se prepara para a próxima eleição sem ao menos ter finalizado a última.

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