Editorial

Estância no vermelho

Da Folha de Ribeirão Pires

Foram precisos nove meses no comando da Estância para o atual prefeito de Ribeirão Pires, Guto Volpi (PL), colocar o município a beira do caos financeiro. E não foi por falta de avisos e alertas - emitidos pelo próprio Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) - que chegamos a esta situação.

A notícia, que não surpreendeu, veio por meio do Decreto Municipal nº 7.426 de 13 de setembro de 2023 que dispõe sobre o Plano Municipal e Contingenciamento de Gastos do Poder Executivo.

Com isso, Ribeirão Pires estará vedada de inúmeras ações enquanto esse período de superação do limite perdurar. Na prática, quem sentirá os reflexos desta ação que é fruto de uma gestão sem comprometimento são os munícipes e os servidores públicos, porque entre os principais cortes estão a suspensão de pagamento de férias e licença-prêmio aos servidores, a novos contratos de obras que dependam de fluxo financeiro do Tesouro Municipal, enfim... a lista de cortes durante o período é vasta e faz acender um alerta vermelho quanto ao futuro do município.

O cenário não mudou do dia para noite. Tanto é que, há tempos, a Folha tem sido crítica quanto algumas ações do Executivo - principalmente aos contratos de empréstimos, que colocou como garantia justamente tributos que são fundamentais ao orçamento municipal e que estão com arrecadação em queda acentuada.

A Estância foi usada até onde não pôde pela atual gestão, e os reflexos estão aparecendo, cada vez mais claros.

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