Dia das Mães

Dias das Mães: superação e amor marcam trajetória de moradora de RGS

Mãe solo, Pholiana Windson não mede esforços para cuidar de seus três filhos - um deles diagnosticado com Síndrome de West

Pholiana Windson é mãe de Pedro Henrique, Ana Luiza e Bernardo

Imagem:Arquivo Pessoal

Por Thainá Maria

Toda mãe é sinônimo de amor, força, superação e dedicação, mas no caso de Pholiana Windson estas mesmas palavras ganham ainda mais significado. Mãe solo de três filhos, a moradora de Rio Grande da Serra precisa enfrentar inúmeras batalhas diariamente - a maior delas, cuidar de seu filho mais novo Bernardo, diagnosticado com Síndrome de West.

Sua trajetória como mãe teve início aos 19 anos, com a chegada de seu primeiro filho Pedro Henrique. “Descobri o amor genuíno, aquele que você somente dá e não quer nada em troca”, disse Pholiana ao relembrar o sentimento de experimentar a maternidade pela primeira vez.

Tempos depois, chegaram Ana Luiza e seu caçula Bernardo - esse seu maior desafio como mãe.

Pholiana relembra que a gestação foi marcada por muita insegurança. Grávida de gêmeos pela primeira vez, ela descobriu que os bebês possuíam a síndrome de feto fetal - o que lhes davam baixas chances de sobrevivência.

O parto foi prematuro, de apenas 26 semanas, e apenas Bernardo conseguiu concluir a primeira das inúmeras batalhas que seriam enfrentadas por ele e sua mãe - algumas delas já contadas pela Folha.

Aos seis meses, o pequeno guerreiro foi diagnosticado com Síndrome de West, uma forma de epilepsia caracterizada por crises de convulsões ainda na infância. Tal condição lhe causou paralisia cerebral e prejudicou seu desenvolvimento motor e intelectual, além da perda parcial da visão - dando início a batalha diária enfrentada por Pholiana.

Internações, terapias, exames, campanhas de arrecadação para custear o tratamento. A mãe precisou abrir mão da sua vida para se dedicar por inteiro ao seu filho, hoje com 6 anos.

“Os cuidados do Bernardo exigem muito de mim. Eu acabo sendo ausente com meus outros dois filhos. Como mãe, eu me sinto falha em não poder acompanhar eles da forma que precisam, em coisas simples do dia a dia”, disse emocionada.

Ela ainda ressaltou o fato de a condição de Bernardo impor alguns limites para momentos em família, como a simples ida em um parque conta de dificuldades na acessibilidade.

Por mais que a vida de mãe solo e os cuidados especiais com Bernardo a sobrecarregue, Pholiana afirma que não se arrepende de ter optado ser mãe.

“Ser mãe é um privilégio. Estou disposta a sempre proteger meus filhos, a estar na vida deles em todos os momentos, fazer o impossível virar possível e, acima de tudo, sempre querer o bem deles. Meus filhos são tudo o que eu tenho de mais importante nesta vida”, finalizou.

Mais lidas agora

Últimas em Dia das Mães