Policial

6º BAEP cumpre mandado de prisão contra GCM investigado pelo MP

Agente da Guarda Municipal da Estância é acusado de integrar possível esquadrão para práticas de crimes como furtos e homicídios

Em maio, equipes do GAECO realizaram busca e apreensão em RP

Imagem:Redação

Por Thainá Maria

Militares do 6º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (BAEP) deram cumprimento ao mandado de prisão preventiva expedido contra um dos guardas municipais de Ribeirão Pires, investigado pela Operação Onisciência do Ministério Público. O investigado foi encontrado na noite da última segunda-feira (01), no momento em que chegava a sua casa.

Segundo informações, os demais agentes públicos da Guarda Municipal acusados de envolvimento em um possível esquadrão formado para a prática de delitos de furto qualificado, corrupção e homicídios não foram localizados. Já o GCM detido pelos militares foi encaminhado à Delegacia de Ribeirão Pires.

Conforme apurações feitas pela Folha, o mandado de prisão foi expedido por três infrações previstas pelo Código Penal, entre elas o Art. 121, parágrafo 2º., II e IV, que diz respeito sobre “matar alguém, por motivo fútil e/ou à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido”.

O GCM, que conta com a defesa de um advogado particular, será encaminhado à cadeia pública de Santo André, onde aguardará pela audiência de custódia, a ser realizada pelo Fórum do município.

 

Operação Onisciência

As acusações contra integrantes da Guarda Civil Municipal de Ribeirão Pires tornaram-se públicas durante as diligências realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em maio deste ano, a mando do Ministério Público de São Paulo. Os trabalhos executados têm como objetivo investigar a participação de agentes públicos da Guarda Civil Municipal da Estância em crimes como de furto qualificado, corrupção e homicídios.

Na época, pelo menos seis mandados de busca e apreensão foram cumpridos em diferentes pontos da cidade e contaram com o apoio de sete promotores de Justiça, delegados de Polícia e do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil.

A Folha acompanhou os desdobramentos do caso e constatou que, durante as diligências, um guarda municipal chegou a ser preso em flagrante na cidade de Mauá. Ele foi liberado após pagar fiança no valor de R$ 1.212,00.

O agente armazenava em sua residência uma arma de fogo em desacordo com a determinação legal e regulamentar do Estatuto do Desarmamento. A arma - uma pistola calibre 380 - contava com termo de doação e Certificado de Registro de Arma de Fogo, no entanto estava com os procedimentos administrativos relativos à transferência pendentes.

Ainda durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão foram localizados três aparelhos celulares que são de interesse da investigação.

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