Cada consumidor devia, em média, R$ 5.290,40 em setembro deste ano
Imagem:Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O Grande ABC registrou queda no número de inadimplentes durante o mês de setembro. O mais novo estudo da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de São Caetano do Sul, com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e apoio da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, revelaram um decréscimo de 1,52% na região em comparação com mês de agosto. A queda registrada ficou acima da região Sudeste (-0,33%) e da média nacional (-0,39%).
Rio Grande da Serra foi a cidade que apresentou maior redução na passagem dos meses (-1,81%). Em seguida aparacem São Caetano do Sul (-1,76%), São Bernardo do Campo (-1,68%), Ribeirão Pires (-1,51%), Santo André ( -1,50%), Diadema (-1,46%) e Mauá (-1,24%).
A abertura por faixa etária do devedor mostra que o número de devedores com participação mais expressiva residentes no Grande ABC em setembro continua sendo a da faixa de 30 a 39 anos (25,32%). A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 50,40% mulheres e 49,60% homens.
Em setembro de 2023, cada consumidor negativado da região devia, em média, R$ 5.290,40 na soma de todas as dívidas. Os dados ainda mostram que 25,26% dos consumidores da região tinham dívidas no valor de até R$ 500, percentual que chega a 37,46% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000. O tempo médio de atraso dos devedores negativados residentes na região da Grande ABC é igual a 26,2 meses, sendo que 37,99% dos devedores possuem tempo de inadimplência de 1 a 3 anos.
O setor com participação mais expressiva do número de dívidas em setembro continua sendo os bancos, com 71,47% do total de dívidas, mas o número de inadimplentes do setor de luz e água tem aumentado e em setembro alcançou 13,28% do total dos inadimplentes.
Para Alexandre Damásio, presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de São Caetano do Sul, a diminuição dos inadimplentes ainda não é reflexo do Desenrola.
“O programa Desenrola do Governo Federal ainda não surtiu o efeito na inadimplência, mesmo com a queda da inadimplência em setembro os índices de endividamento com os bancos, água e luz continuam aumentando. Vamos precisar de mais tempo para entender o impacto do programa ”, explica Damásio.