Marcelo Akira e Carla Morando reunidos com o presidente da CETESB, Thomaz Toledo
Imagem:Divulgação
O incidente ocorrido no dia 19 de setembro em Rio Grande da Serra, que resultou no ataque do ex-prefeito Gabriel Maranhão e seu sócio, Márcio Pacheco contra o vereador Marcelo Akira, o Akira do Povo (Podemos) – agredido com um soco no rosto quando fiscalizava um suposto crime ambiental cometido pela dupla – começa a desdobrar para uma investigação que colocará a cidade no centro de uma discussão sem precedentes.
Isso porque o vereador, ao divulgar o vídeo da agressão sofrida por ele, chegou ao conhecimento da deputada estadual Carla Morando (PSDB), que foi até o local juntamente com Akira e gravou um recado aos agressores dizendo que levaria o caso ao conhecimento das autoridades.
E se cumpriu a promessa, pois ambos estiveram em reuniões, no último dia 2, com o Coronel Alves e o Major Casado no Comando de Policiamento de Área Metropolitano (CPA/M-6) e também no Comando de Policiamento Ambiental (CPAmb), junto ao Coronel Martins e o Major Júlio Cezar. Dias antes, Marcelo Akira e Carla Morando estiveram no Ministério Público em conversa com o procurador-geral, doutor Sarrubbo, que acionou o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema), e na CETESB junto ao presidente, Thomaz Toledo.
Em todas as agendas foram entregues um dossiê com a situação da degradação ambiental na cidade, suspeitas de serem ações criminosas.
Brasília entra no caso
O deputado federal Marcelo Lima (PSB) gravou na última sexta-feira (06) um vídeo em apoio ao vereador, dizendo que, nesta semana, levará o caso à Câmara dos Deputados e ao Ministério da Justiça. O deputado também enviou um recado para os “criminosos” que agrediram Marcelo Akira.
“Tomem muito cuidado, porque o que ocorrer com este rapaz, com este grande vereador da cidade, infelizmente teremos que tomar atitudes ainda piores”, adverte o deputado.
Agressão a vereador
De acordo com o vereador Marcelo Akira, ao passar pelo local, na Avenida Guilherme Pinto Monteiro, em Rio Grande da Serra, que divide os bairros Vila São João e Vila Verde, visualizou um grupo executando corte de árvores em um loteamento que já era alvo de denúncias, por movimentação suspeita de terra.
“Passei pelo local porque eu já tinha recebido denúncia de moradores apontando queimadas e desmatamento”, disse o vereador.
Quando retornou para fazer as imagens e buscar informações quanto à legalidade da intervenção, em meio a uma das gravações encostou o ex-prefeito de Rio Grande da Serra Gabriel Maranhão (ex-secretário de obras de Clovis Volpi, em Ribeirão), juntamente com seu sócio, Márcio Pacheco e atacaram o vereador e seu assessor de imprensa, Adaílson Gama. Contra o vereador, Pacheco desferiu um soco na cara enquanto Maranhão tentava coibir as filmagens.
A agressão foi registrada na Delegacia de Rio Grande da Serra pelo delegado titular, doutor Márcio Macedo, para averiguação dos crimes de lesão corporal, ambiental e danos em valores arqueológicos ou históricos.