O uso da tecnologia é cada dia mais presente, desde marcar uma consulta ou receber o agendamento pelo celular ou conferir a situação bancária ou de um benefício. Porém, pode ser tornar um grande empecilho para quem ainda esteja no processo de alfabetização, independentemente da idade. Por isso, a Prefeitura de Mauá lançou a EJA (Educação de Jovens e Adultos) Digital, ação que prevê a utilização da tecnologia para ajudar na alfabetização e na emancipação dos alunos. Uma aula inaugural demonstrativa foi realizada na noite desta terça-feira (15/08), no Teatro Municipal, que reuniu mais de 300 pessoas.

“A EJA Digital é um avanço na política de inclusão, porque garante, além do apoio no letramento, o acesso ao que tem de mais moderno na sociedade por intermédio da tecnologia. Isso conversa muito com a metodologia pensada por Paulo Freire, que apostava numa educação conectada ao cotidiano dos estudantes e às experiências que eles têm”, afirmou a vice-prefeita Celma Dias, que participou do evento representando o prefeito Marcelo Oliveira.

No mês de maio deste ano, a iniciativa entrou em fase de testes em duas unidades, envolvendo educadores e educandos. Agora, o projeto será expandido para as 14 escolas municipais, contando a unidade própria da EJA Clarice Lispector, que atendem os mais de 500 alunos, com idade entre 15 e 84 anos. São 400 tablets, utilizados em sala de aula apenas para esse uso, pois são ultrapassados e com baixa memória. As áreas pedagógica e de tecnologia da informação da Secretaria Municipal de Educação pesquisaram aplicativos leves, que poderiam, ao mesmo tempo, ajudar o aluno no ensino, na iniciação e no aprimoramento para utilização de novas ferramentas, para pesquisar, organizar e compartilhar informações, além de registro e comunicação.

Interessados em frequentar a EJA podem procurar a secretaria municipal de Educação o ano todo. Para fazer a matrícula é preciso ter 15 anos ou mais e apresentar documentos como RG, CPF, histórico escolar (para quem já teve oportunidade de iniciar os estudos) e comprovante de residência. Jovens entre 15 e 17 anos precisam estar acompanhados dos pais ou responsáveis. Quem não tiver o histórico escolar e não puder emitir nova via na escola de origem pode solicitar a realização de uma prova de classificação.