Esporte

Ribeirão Pires Futebol Clube completa 111 anos de história

Em entrevista à Folha, presidente Edvaldo dos Santos fala sobre a tradição do clube e as dificuldades enfrentadas durante a pandemia

Sede social foi inaugurada em 1978 ; Edvaldo dos Santos está na sua 5ª passagem como presidente

Imagem:Arquivo RPFC

Por Redação

Nesta sexta-feira (8), dia em que o Ribeirão Pires Futebol Clube completa 111 anos de história, a Folha traz uma entrevista com o atual presidente do clube, Edvaldo dos Santos - que está em sua 5ª gestão, a frente de um dos maiores clubes esportivos de São Paulo e região.

O presidente comentou como o RPFC vem sobrevivendo aos tempos, mas precisou dar um passo ainda maior para sobreviver a concorrência do mundo atual, com resorts, condôminos, academias, escolinhas, shopping, etc.

Outro fator preponderante é o resultado da era pós-covid-19 que ainda tem reflexos nos dias de hoje, fazendo com que vários clubes fechassem suas portas devido a fuga dos associados e consequentemente o acúmulo de dívidas. Edvaldo ressaltou que afetados pela pandemia, clubes sociais e esportivos estão tentando se reinventarem para seguirem operando com todas as adversidades para se manter atrativos.

Folha - Como o RPFC lidou com a pandemia?

Edvaldo - Foi um impacto muito grande, fomos aprendendo juntos, mas o clube sempre esteve bem preparado para cumprir as normas e decretos. Além de cumprir todas as normas em relação à Covid-19, estabelecemos regras de distanciamento e higiene que tornaram o RPFC referência para vários clubes da região, mas a pandemia nos deixou em uma situação muito difícil financeiramente. Ficamos com o clube fechado por praticamente todo o ano de 2020. As atividades esportivas cessaram por completo, o setor de eventos, como o salão social, bailes, eventos foram suspensos. O fato é que o clube tem muitas despesas, os custos de manutenção, folha salarial, etc, é muito elevado.

Folha - Foi necessário fazer algum corte no quadro de funcionários?

Edvaldo - É importante destacar as medidas do Governo Federal no que diz respeito à flexibilização das normas trabalhistas (Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda) para manter funcionários com vínculo, mas com redução na carga de salário. No RPFC, esse fator foi essencial para a preservação de empregos. Infelizmente, chegou um momento em que precisou haver cortes e perdemos mão de obra qualificada. Ocorreram algumas demissões no ano passado, mas com muito critério, de funcionários que já tinham condições de aposentadoria e/ou outros que demostraram interesse em sair.

Folha - Como vocês conseguiram sobreviver a pandemia?

Edvaldo - Durante a pandemia, o clube teve que se reinventar. As atividades desenvolvidas no campo virtual, sempre com o intuito de atender as expectativas e o interesse dos associados contribuíram para aproximar os sócios, funcionários, colaboradores, amigos e simpatizantes da entidade. Com as portas fechadas, o jeito foi investir nas lives como forma de manter uma conexão com os associados. Os professores faziam vídeo aulas em suas próprias residências e o associado interagia participando e fazendo as atividades propostas por eles. Hoje, estamos aos poucos colocando novamente a casa em ordem e otimistas para o futuro. Estamos nos adaptando aos novos tempos, projetando futuras e excelentes parcerias, assim o RPFC tem tudo para sair da pandemia muito mais forte do que entrou.

Folha - O RPFC tem alguma programação especial para o mês de aniversário?

Edvaldo - Este ano, ainda devido a nova onda de pandemia, decidimos em reunião da diretoria por não fazer o tradicional baile de aniversário. Estaremos fazendo algumas ações com os associados, como um jogo no próximo sábado (09) contra um combinado de ex-profissionais categoria máster com a presença de ex- jogadores como: Bigú, Rosemiro, Jean Carlo, Nilson, Pires, Carlinhos Graúna, entre outros. Dia 16, faremos um dia de brincadeiras para as crianças poderem se divertir. Além destes, os departamentos de Esportes e Social também estarão organizando vários outros eventos esportivos e culturais durante todo o mês de julho para que nossos associados possam também participar.

Folha - Aproveitando a data de aniversário, gostaria de deixar alguma mensagem aos associados?

Edvaldo - A mensagem que eu deixo é que hoje, 08 de julho, estamos comemorando mais um aniversário. São 111 anos de fundação do nosso glorioso Ribeirão Pires Futebol Clube. É certo que tivemos de encarar muitos desafios, principalmente em tempos de pandemia, no entanto, estamos aos poucos, conseguindo superar as dificuldades de mais um ano com luta, força e determinação. Apesar de todos os percalços que enfrentamos, nunca deixamos de acreditar em nossa missão de se fazer cumprir as tarefas e os ideais a fim de buscar o melhor para os nossos associados. Todo sucesso alcançado foi resultado de esforço, dedicação, trabalho em equipe e colaboração de grandes parceiros. Por isso, agradecemos de coração a todos que estiveram conosco nessa jornada para conseguirmos os nossos objetivos. Agradecemos ainda aos nossos funcionários, associados, conselheiros ,ex-presidentes, diretores, atletas, torcedores, colaboradores e patrocinadores, que sempre estiveram ao nosso lado, ajudaram e entenderam as nossas dificuldades e necessidades. Com ações, renovações, compromisso, transparência e ética, continuaremos na luta para proporcionar ainda mais a excelência nos serviços prestados, zelando sempre pelo nosso patrimônio. Parabéns Ribeirão Pires F.C, 111 anos de histórias e glórias. Vida longa ao nosso RPFC.

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