O casal apontado como responsável por matar e esquartejar Pedro José Alves Cabral, de 35 anos, morador do Capão Redondo, e espalhar as partes em diferentes pontos da região da Represa Bilings, em Ribeirão Pires, foi preso na última sexta-feira (24). Francisca Santana, de 55 anos, e Juan Carlos Astudillo, de 48 anos, confessaram o crime.

As investigações chegaram até o casal após descobrirem que a vítima tinha um relacionamento amoroso com moradores de Ribeirão Pires. Pedro morava com os autores há cerca de sete meses, e a convivência entre eles era marcada por constantes brigas.

Durante um desses desentendimentos, ocorridos no início deste mês, F.S. e J.C.A. teriam dopado e asfixiado a vítima. Em seguida, esquartejaram o corpo e colocaram as partes em uma mala e as ocultaram nas imediações da represa Billings.

A principal motivação, segundo delegado do caso, doutor Paulo Pereira, foram as brigas e os ciúmes ocasionados ao longo do relacionamento a três.

“No curso da investigação, nós verificamos que a vítima morava com o casal. E logo após o desaparecimento dessa vítima ali das redondezas, percebeu-se que esse casal rapidamente mudou sem dar maiores informações”, acrescentou o delegado.  

Encontro do corpo  

As primeiras partes do corpo humano foram encontradas na manhã do dia 5 de junho, por populares. Na ocasião, dois braços foram localizados às margens da represa Billings. Já pela madrugada do dia 6, por volta das 2h30, a perna esquerda humana foi encontrada após um homem que passava pelo local tê-la atropelado. De acordo com informações, o membro inferior também já apresentava sinais de decomposição e foi localizado no meio da Estrada Velha do Mar - cerca de 100 metros de distância do local onde foram encontrados os braços.

No dia 7, Guardas Civis Municipais de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra encontram o tronco do corpo humano (mais partes dos braços e das pernas) flutuando na represa Billings. A localização aconteceu durante uma operação conjunta deflagrada pelos efetivos buscando informações acerca de pessoas desaparecidas, nas imediações da Estrada Velha do Mar.

Na madrugada do dia 16, o crânio da vítima foi deixado em frente a uma residência próxima a região, encontrado por uma moradora no momento em que deixava sua residência em companhia do namorado.

Ao abrir o portão automático e iluminar o exterior com o farol de seu veículo, a mulher percebeu um objeto estranho de forma arredondada caído ao solo ao lado do portão, mais especificamente em um pequeno jardim desativado. Ao descer para verificar, constatou que se tratava de um crânio humano já em estado de decomposição.

A investigação seguiu pelo Setor de Homicídios da Polícia Civil de Mauá.