Política

Sessões que podem cassar prefeito Claudinho acontecem nesta semana

Sessões de julgamento acontecem nesta quinta e sexta-feira

Claudinho da Geladeira é alvo de duas comissões processantes

Imagem:Foto: Divulgação

Por Thainá Maria

Nesta quinta-feira (30) e sexta-feira (1), Rio Grande da Serra terá o desfecho das comissões processantes que pedem a cassação do prefeito Claudinho da Geladeira (PSDB). As investigações foram retomadas na última semana após autorização do juiz Alexandre Chiochetti Ferrari, da Vara Única do município, em razão da delação premiada do ex-servidor da Câmara Municipal de Rio Grande da Serra, Gabriel Campagnolli.

Claudinho foi notificado sobre a sessão de julgamento do parecer conclusivo das comissões no início da tarde da última segunda-feira (27). O prefeito terá duas horas para produzir sua defesa oral. Ambas as sessões estão marcadas para às 13h.

As votações das comissões processantes foram suspensas em dezembro após Ferrari conceder liminar a favor de Claudinho. O juiz se baseou em depoimento à Polícia Civil de Gabriel Campagnoli, que admitiu ter adulterado o número de requerimentos com pedidos de informações protocolados na Prefeitura, que estavam sem resposta, e que deu origem a uma das ações de impeachment. 

No entanto, a situação sofreu um revés após o mesmo funcionário voltar atrás em sua versão e realizar uma delação premiada ao Ministério Público (MP-SP) confessando ter sustentado uma versão dos fatos com intenção de prejudicar vereadores da cidade, a mando de Admir Ferro - atual secretário de Governo da Gestão de Claudinho.

Gabriel Campagnolli afirmou que teria sido sondado por Ferro após seu desligamento do Legislativo. Sua intenção era saber o motivo que levou ao seu desligamento do Legislativo Municipal, bem como se o jovem poderia assegurar algumas narrativas sobre os requerimentos de informação.

Junto à delação, o ex-chefe de assessoria da Câmara Municipal anexou prints de comprovantes de transferências bancárias realizadas em nome do Admir, naquilo que seria uma recompensa por sustentar a então narrativa de que os requerimentos de informação não teriam sido protocolados de maneira correta. A negociação entre as partes teria sido acordada no valor de R$ 4 mil mensais.

Impeachment de Claudinho

O bloco de oposição ao prefeito sustenta que Claudinho cometeu pelo menos dois crimes de responsabilidade: o primeiro o fura-fila da vacina e o segundo a falta de resposta a requerimentos dos parlamentares.

Por outro lado, o prefeito sustenta que não cometeu tais crimes. Com relação ao fura-fila da vacina, o que houve foi a não publicação do ato oficial transferindo a funcionária acusada de furar a fila para a Secretaria de Saúde e com relação à falta de resposta a requerimentos, o prefeito sustenta que não houve resposta de poucos documentos e que os mesmos deveriam ter sido respondidos pelos secretários das respectivas pastas.

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