Política

Ribeirão Pires acaba de aumentar sua dívida pública em R$ 30 milhões numa canetada

Mauá ficou endividada da mesma maneira que Ribeirão Pires está fazendo hoje: empréstimo com a Caixa Econômica Federal

Momento em que a cidade de Ribeirão Pires eleva seu endividamento

Imagem:Prefeitura de Ribeirão Pires

Por Redação

Mauá caminhou rumo à calamidade financeira, e chegou, exatamente igual Ribeirão Pires fez essa semana. Tomando empréstimo com a Caixa Econômica Federal, colocando repasses financeiros como garantia de pagamento e não conseguindo honrar o compromisso ao longo do tempo.

Em 2018 a cidade de Mauá figurava em quarto lugar entre os municípios do Brasil que apresentavam o maior nível de comprometimento da receita com dívida junto à União.

O valor significativo da dívida mauaense junto ao banco público (Caixa) tem origem direta com o acordo de repactuação da dívida com a Caixa pela canalização dos córregos Corumbé, Bocaina e do Rio Tamanduateí em 1991.

O estudo realizado em 2018 utilizou dados sacramentados do fim do ano de 2017 e foram computados pela STN (Secretaria do Tesouro Nacional), ligada ao Ministério da Fazenda.

O montante somente do passivo foi de R$ 1.046 bilhão. Deste total, segundo a própria Prefeitura na época, a cidade possuía R$ 684,5 milhões de débitos com a União, sendo R$ 164,4 milhões referente a parcelamentos de INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e R$ 520,1 milhões relacionados a contrato junto à Caixa Econômica Federal.

Agora, Ribeirão Pires, sob a gestão do prefeito Clóvis Volpi (PL), segue o mesmo caminho de endividamento.

O prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi, oficializou ontem o financiamento de R$ 30 milhões com a Caixa Econômica Federal (CEF) por meio do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa).

Segundo a Prefeitura, o volume total será investido de forma dividida entre obras de recapeamento, pavimentação e outras ações no município. Os recursos viabilizados através do Finisa possuem prazo de quitação de até 96 meses. O pagamento desse empréstimo será feito com recursos próprios, mas foram colocados os repasses financeiros do Fundo de Participação do Município (FPM) e a quota parte do ICMS como garantia do pagamento.

Com a liberação do recurso, Ribeirão Pires, conforme a Prefeitura, dará início a um cronograma de obras de infraestrutura. Serão contemplados com recapeamento de vias os seguintes bairros: Centro Alto (Núcleo Colonial), Suíssa, Roncon, Colônia (Bertoldo), São Caetaninho (Planalto), Santana (Guerda e Jardim Santana), Bocaina (Vila Sueli); e com pavimentação: Quarta Divisão (Verão, Vila Rica, Jardim Zilda e Rosalina).

Além disso, com o montante liberado através do Finisa será possível a construção de um ginásio de esportes na Vila Gomes, com capacidade para, aproximadamente, 2,5 mil pessoas; a construção de um campo de futebol com grama sintética em Ouro Fino Paulista e a conclusão da Unidade Básica de Saúde do Jardim Aliança (que atende também aos moradores do Jardim Guanabara).

Embora a gestão Volpi comemore isso como uma conquista da cidade, o que se tem certeza é que é um empréstimo que poderá comprometer a saúde financeira da cidade por décadas, como ocorreu com a cidade vizinha de Mauá.

Está na hora da cidade de Ribeirão Pires ter um prefeito que pense a cidade para as próximas gerações e não somente na próxima eleição, como as ações deste Governo vem demonstrando.

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