Saúde

Novembro Azul: prevenção ao câncer de próstata

Ações preventivas são necessárias

Imagem:Foto: Reprodução

Por Marília Gabriela

O movimento Novembro Azul teve origem em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina. No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, com 65,8 mil novos casos por ano, de acordo com INCA.

O médico Gustavo Guimarães, oncologista cirúrgico da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, alerta para a importância de ações preventivas. “Não espere chegar a ter sintomas do câncer de próstata, pois isso significa que sua doença já está avançada. É preciso agir antes e se prevenir”, diz.

Os sintomas da doença abrangem a dificuldade para urinar, hesitação e urgência para urinar e, em casos mais extremos, sangue na urina. Mas a maior parte dos diagnósticos de câncer de próstata é feita numa fase assintomática, devido ao advento do PSA, exame de sangue que mensura a quantidade do antígeno prostático específico e permite um diagnóstico mais precoce. De acordo com o médico, de 20 a 24% dos tumores de próstata não alteram o valor do PSA, o que demanda ainda o exame de toque retal, que é realizado pelo especialista em urologia e recomendado aos homens com  45 a 50 anos para o rastreamento precoce do câncer de próstata.

Em caso de diagnóstico positivo, a indicação da melhor forma de tratamento vai depender de vários aspectos, como estado de saúde atual, estadiamento da doença e expectativa de vida. 

“A campanha visa chamar o homem para sua responsabilidade, que ele precisa se cuidar”, diz Fernanda Carvalho, diretora do  Instituto Lado a Lado pela Vida, que desde 2011 se dedica aos trabalhos relacionados à saúde do homem. Em justificativa, Fernanda destaca que é preciso evitar essa máxima de que o homem não precisa se cuidar. “Recorrer ao médico só em situações extremas pode ser perigoso”, conclui.

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