A equipe de handebol de Ribeirão Pires é conhecida por colecionar diversas conquistas e sempre figurar entre as principais equipes em competições realizadas na região do Grande ABC e no Estado. O projeto esportivo comandado por Fábio de Freitas Souza e pelo professor Martin Afonso Ferreira da Silva tem ganhado notoriedade e foi responsável por levar atletas para a Seleção Brasileira, que disputará o Campeonato Sul-Americano em Santiago, no Chile em janeiro de 2022.

Apesar de haver um status positivo quanto aos times que levam o nome da Estância para as quadras, a situação vivida pelos atletas dentro do município é bem diferente e complicada.  A própria equipe define a atual conjuntura como “lastimável”, já que não possui estrutura nem apoio por parte da Sejel - pasta responsável pela gestão do esporte municipal.

Atualmente, os times - adulto e master masculino e feminino - não contam com uma quadra fornecida pela Prefeitura para a realização dos treinos. De acordo com Fábio, as preparações para os campeonatos estão acontecendo em uma quadra disponibilizada em um espaço público de São Paulo, já que o ginásio do CTT de Ouro Fino encontra-se sem condições de uso.

Além disso, todo o valor necessário para custear a confecção de uniformes, pagarem as taxas de inscrição dos campeonatos, taxas de arbitragem e transportes da comissão técnica e dos atletas está sendo levantado pelos próprios atletas, que chegam a promover rifas e, até mesmo, tirar do próprio bolso.

Mesmo diante da falta de apoio, a equipe feminina realizou sua estreia na Copa Sanca, no último dia 19, com vitória sobre o A.E. Rover.  As meninas ainda estão disputando a Liga Paulistana de Handebol feminino. Além destes torneios, até o final deste ano, o HandebolRP deverá participar de mais três competições, todas custeadas pelos atletas.

A Folha entrou em contato com a Prefeitura de Ribeirão quanto ao apoio prestado ao time da cidade, no entanto a pasta responsável não se pronunciou até o fechamento desta edição.