Política

Entidades de RGS repudiam afastamento de Claudinho

Manifesto alega que atitudes da Câmara Municipal feriram a democracia

Grupo composto por 17 pessoas compareceu à Câmara Municipal de RGS na útlima terça-feira (21)

Imagem:Foto: Divulgação

Por Thainá Maria

Entidades que atuam em diferentes setores em Rio Grande da Serra promoveram um ato em repúdio ao afastamento do prefeito Claudinho da Geladeira (PSDB). O grupo composto por ONGs, lideranças religiosas, lideranças culturais e associações protocolaram um manifesto na Câmara Municipal, na tarde da última terça-feira (21), contra a atitude tomada pela Casa de Leis, que pediu o desligamento temporário do chefe do Executivo Municipal. 

Manifestaram apoio ao movimento a Apae de Rio Grande da Serra, Aprisco (Associação de Presbiterianos para Inclusão Social Comunitária em Defesa da Vida), Profavi (Associação Promoção à Favor da Vida), Ação Social Cristo Rei, Rede Social de Rio Grande da Serra, Associação dos Engenheiros, Renova Rio Grande, Instituição Filhos do Rei, Centro Educacional Cristo Rei, Paróquia São Sebastião, Igreja Adventista da Promessa, Liderança da Cultura de Rio Grande da Serra e Via Precisa.

De acordo com o documento, o manifesto não visa à defesa do prefeito Claudinho da Geladeira, mas sim a transparência e o cumprimento da Lei. “Manifestamos nosso repúdio pelas ações terem ferido a democracia. Isso não significa que estamos coniventes com atos irregulares do prefeito, caso tenham ocorrido, mas sim nos preocupamos com o andamento da cidade, com os munícipes que com certeza serão os únicos prejudicados com tudo isso”, diz a nota protocolada pela Igreja Adventista da Promessa.

Uma das cartas protocoladas na Câmara afirma que as entidades estão descontentes com a forma que a sessão, em que foi anunciado o afastamento de Claudinho do cargo, foi dirigida e a atitude tomada por alguns dos vereadores. Segundo o manifesto, “faltou diálogo, transparência e feriu a democracia.” 

“Desejar transparência e o cumprimento da Lei  de uma Casa de Leis é o mínimo que se espera dos senhores (...). Os parlamentares são pessoas públicas tratando de matérias de ordem pública, de interesse de toda a população local e não apenas de algumas pessoas ou grupo”, acrescentaram as entidades. 

Claudinho da Geladeira ficou afastado do cargo de prefeito por quase um dia, após a Câmara Municipal pedir que o desligamento do prefeito por 90 dias, até a conclusão das investigações das comissões processantes. No entanto, o juiz Alexandre Chichetti Ferrari determinou o retorno imediato de Claudinho ao comando do Executivo, na noite do último dia 17, ao acatar o pedido e expedir o mandado de segurança.

Durante esse curto período, a vice Penha Fumagalli (PTB) assumiu a cadeira e realizou trocas em algumas secretarias municipais.

Ela chegou a dar uma coletiva de imprensa como prefeita interina, mas, horas depois, devolveu o cargo para Claudinho.
 

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