O retorno de boa parte das atividades econômicas, entre elas a liberação de festas e buffets, resultou no aumento de matrimônios realizados em Ribeirão Pires ao longo do mês de agosto deste ano. 

Dados do Portal da Transparência do Registro Civil revelam que a cidade obteve um aumento de 35,4% no número de casamentos oficializados no cartório municipal.  65 casais optaram por dizer o tão sonhado “sim” no último mês, enquanto, em agosto de 2020, 48 núpcias foram oficializadas.

Além de Ribeirão Pires, a tendência de crescimento também se fez presente em outras cinco cidades do Grande ABC. Apenas Rio Grande da Serra registrou queda de 33,3% no comparativo entre os períodos - ao sair de 15 uniões em 2020 para 10 em agosto deste ano.

No âmbito regional, o crescimento nos enlaces matrimoniais foi de 28,8%, sendo São Bernardo do Campo a cidade que mais formou casais ao longo do período analisado, com 297 casórios, seguida por Santo André, com 233. 

A terceira colocação regional é ocupada por Diadema, que oficializou 167 uniões, já Mauá aparece logo em seguida com 146 matrimônios. Ribeirão Pires ocupa a quinta colocação, enquanto Rio Grande da Serra figura em 6º lugar.

Ao todo, o Grande ABC registrou 988 casamentos ao longo do mês agosto – uma média de 247 uniões por semana.

Um dos casais que decidiram trocar alianças durante a flexibilização da quarentena foram os moradores do Jardim Iramaia, Marília Gabriela Dorea dos Santos, 21 anos, e Nilton Gabriel da Silva Júnior, 23 anos. Mesmo diante dos obstáculos impostos em razão da pandemia, como o fechamento das igrejas, os jovens escolherem o mês de outubro para oficializar a união em “papel passado”. 

O mês escolhido por Marília Gabriela e Nilton Gabriel esteve marcado pelos primeiros passos da região na flexibilização da quarentena. No entanto, mesmo diante deste cenário, outubro foi responsável por oficializar 74 matrimônios em Ribeirão Pires.   

Apesar do sonho em realizar um casamento nos moldes tradicionais,  o casal optou por oficializar apenas no cartório civil, neste primeiro momento. “O casamento era algo que nós queríamos muito. Começamos a morar juntos, então decidimos selar ainda mais essa união com o casamento civil apenas, porque as igrejas estavam fechadas”, afirmou Marília Gabriela. 

A cerimônia não pode contar com convidados, apenas os padrinhos poderiam estar presentes, atingindo um total de quatro pessoas, além do casal. “Foram escolhas bem doloridas por não podermos chamar pessoas de bastante importância na nossa vida”, acrescentou.

Seguindo todos os protocolos impostos pela pandemia, o casal optou por uma confraternização entre os familiares mais próximos, mas afirmam que ainda possuem o desejo de oficializar a união na igreja. “Quando tudo se acalmar, faremos o casamento do jeito que tanto sonhamos.”