Cidades

Moradora de Rio Grande da Serra espera por doação de tipo sanguíneo raro

Divannin Gregório dos Santos é portadora do tipo sanguíneo RH nulo e necessita urgentemente de transfusão

Divannin Gregório dos Santos acompanhada pela filha Vitória Silva

Imagem:Foto: Arquivo Pessoal

Por Thainá Maria

A expressão “lutar pela vida” nunca fez tanto sentido para Divannin Gregório dos Santos, de 59 anos, quanto neste momento. Em junho deste ano, a moradora da Vila Conde, em Rio Grande da Serra, foi diagnosticada com anemia - uma condição que, dependendo de inúmeros fatores, pode ser tratada com facilidade. O que Divannin não esperava é que sua recuperação seria impactada devido ao fato de ela ter um tipo sanguíneo RH nulo - o chamado “sangue dourado”.

A batalha começou com as inúmeras idas a UPA de Rio Grande da Serra, sempre acompanhada por sua filha Vitória Kathleen da Silva, de 16 anos. Apesar das tentativas, as sensações de mal-estar provocadas pela condição não cessavam. Apenas quando conseguiu ser encaminhada ao Hospital Nardini, em Mauá, no dia 1 de agosto, conseguiu um diagnóstico mais preciso. 

Uma das opções de tratamento para o problema de Divannin seria a transfusão de sangue, mas, durante a análise de seu tipo sanguíneo, ela soube que seu tipo sanguíneo não estava disponível na região por ser considerado muito raro.

A situação esteve perto de ser solucionada após uma pessoa com o mesmo tipo sanguíneo ser encontrada no estado de Minas Gerais, no entanto o possível doador desistiu de dar continuidade ao processo.

Com a demora para receber a transfusão, Divannin agora corre risco de amputar um dos membros inferiores devido à falta de circulação de sangue na região. Ela precisou ser transferida para o Hospital Mário Covas, em Santo André, onde aguarda um novo doador aparecer com urgência. 

Na última sexta-feira, a Folha conversou com Vitória que afirmou que sua mãe permanece internada em estado considerável estável e consciente, mas ainda necessita da transfusão o mais rápido possível. “Já deixou de ser um pedido e se tornou uma apelação. Se houver algum doador compatível por aqui, espero que se sensibilize com o caso dela e possa doar”, exclamou.

O possível doador ou pessoas interessadas em ajudá-la podem entrar em contato para saber mais detalhes sobre como seguir com a doação de sangue pelos números (11) 97422-8040 (Vitória) ou (11) 93721-5165 (Sidnei). 

 

Sangue dourado 

O RH nulo é chamado como sangue dourado por ter alta capacidade de salvar vidas, podendo ser doado a qualquer paciente que esteja dentro do sistema RH e RH negativo. No entanto, o apelido sangue dourado não é usado em vão, já que muito difícil de encontrá-lo.

Especialistas explicam que os portadores do RH nulo podem sofrer com uma anemia leve, assim como no caso de Divannin, uma vez que só pode receber bolsas de sangue do mesmo tipo sanguíneo, o que é complicado em razão da dificuldade de encontrar doadores - em alguns casos chegam a ser encontrados em outros países.

No Brasil, por exemplo, há o registro de duas irmãs que são portadoras deste tipo sanguíneo raro. Uma mora no Rio de Janeiro e a outra, em  Minas Gerais.

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