Cidades

Bebês de até 1 ano representam um terço das mortes infantis pelo novo Coronavírus

Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisou óbitos entre menores de 18 anos registrados em 2020

Mortes de bebês de até 2 anos representaram 45% do total, diz estudo

Imagem:Divulgação: Agência Brasil

Por Marília Gabriela

Uma em cada três mortes causadas pela Covid-19 em menores de 18 anos no Brasil em 2020 vitimou bebês de menos de 1 ano de idade. A conclusão é de um estudo de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que analisaram 1.207 óbitos provocados pela doença entre menores de idade no ano passado, tendo como base os dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade Infantil do Ministério da Saúde.

As mortes por Covid-19 entre recém-nascidos (bebês com menos de 28 dias de vida) representaram 9% de todos os óbitos provocados pela doença entre crianças e adolescentes, enquanto bebês com idade entre 28 dias até menos de 1 ano responderam por 28% dessas mortes.

A faixa etária de 1 ano concentrou 8% das mortes entre crianças e adolescentes e a de 2 anos, 5%. Com isso, as mortes de bebês de até 2 anos representaram cerca de 45% de todos os óbitos entre crianças e adolescentes por Covid-19 no Brasil em 2020.

A pesquisa foi coordenada por Cristiano Boccolini, integrante do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fiocruz. Ele alerta que é mais comum que crianças e adolescentes tenham formas assintomáticas de Covid-19, porém, eles não estão imunes a formas graves.

Boccolini ressalta que, para proteger as crianças, a vacinação de adultos deve ser acelerada, com prioridade para gestantes e lactantes. "Contudo, para conter a circulação do vírus e proteger nossas crianças, o uso de máscaras e o distanciamento social devem continuar, mesmo após a vacinação", afirma.

O pesquisador recomenda que mães com Covid-19 continuem a amamentar os filhos se ambos tiverem condições físicas para tal, já que os benefícios da amamentação superam em muito os riscos de contaminação. Para minimizar a chance de transmissão, é preciso reforçar os cuidados por meio do uso de máscaras PFF2 e N-95, além de higiene das mãos.

Fonte: Agência Brasil

 

Especialistas afirmam que mortes por Covid-19 de pessoas vacinadas são raras

Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual Paulista (Unesp) avaliou o efeito das vacinas contra o novo Coronavírus na população brasileira e concluiu que 91,49% das pessoas que morreram pela infecção, entre maio e julho deste ano, não tinham tomado vacina ou não estavam totalmente vacinadas com as duas doses ou dose única, no caso do imunizante da Janssen.

A mesma pesquisa demonstrou que 84,9% das pessoas imunizadas que morreram no país tinham algum fator de risco para a Covid-19 e 87,6% tinham 70 anos ou mais.

A incidência de agravamento de quadros em pessoas idosas, mesmo que vacinadas, tem uma explicação biológica.

A imunossenescência é o processo de envelhecimento e desregulação da função imunológica no organismo de idosos, o que contribui para o aumento da suscetibilidade a infecções por vírus e bactérias, além do desenvolvimento de doenças como o câncer e a redução da resposta vacinal imunológica.

Contudo, mesmo com maior suscetibilidade à eficácia das vacinas, a imunização de idosos é crucial para protegê-los.  Assim como é fundamental manter o distanciamento social e uso de máscara facial.

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