Cidades

Presidente do SindServRP rebate fala de Guto Volpi sobre desvio de R$ 700 mil

Alegações foram disparadas pelo presidente da Casa contra a entidade sindical em sessão realizada no último dia 29

Dalva Aparecida da Silva Rodrigues, presidente do SindServRP

Imagem:Foto: Reprodução/ Redes Sociais

Por Thainá Maria

Em vídeo divulgado nas redes sociais na tarde da última segunda-feira (3), a presidente do Sindicato dos Servidores de Ribeirão Pires (SindServRP), Dalva Aparecida da Silva Rodrigues falou sobre a alteração do fornecimento  e administração do plano de assistência médica dos servidores municipais, que passa a ser de responsabilidade do Sineduc (Sindicato dos Professores das Escolas Públicas e Municipais de Ribeirão Pires). Dalva ainda aproveitou a oportunidade para rebater às acusações do presidente da Casa de Leis, Guto Volpi (PL), que afirmou que a entidade sindical recebeu R$ 700 mil indevidamente. 

A fala de Guto foi proferida na sessão ordinária do dia 29 de abril. - uma semana após a aprovação do Projeto de Lei de autoria do Executivo Municipal. Na ocasião, o presidente enfatizou o possível desvio da verba e alegou que o sindicato, ao ser questionado, permaneceu em silêncio. 

“O que a gente não pode deixar de lembrar, em momento nenhum, quando tocamos nesse assunto, são os R$ 700 mil recebidos indevidamente pelo sindicato, que é aquele que te representa então se você é sindicalizado pelo SindServ, e que nós aqui estamos atentos porque ficou muito claro a explicação do prefeito a respeito do recebimento indevido, e como agora o SindServ vai poder devolver ao erário público R$ 700 mil  (...) Esse silêncio por parte do sindicato é mórbido, já foi questionado, ele não responde”, afirmou. 

Em resposta às acusações de Guto, Dalva explicou o processo realizado pelo sindicato e afirmou que o presidente da Câmara da Estância “precisa se informar melhor”. “Os valores do convênio médico e odontológico sequer passam pelas mãos do sindicato. É feito pagamento diretamente via Prefeitura, nota fiscal à NotreDame. Eu espero que eles tenham o mínimo de respeito e consideração para com os servidores e que nos deixem colocar uma alternativa, nem que seja para desconto total por parte do servidor.”

O contrato vigente com a atual empresa fornecedora dos serviços  de saúde será interrompido no próximo dia 22. De acordo com a presidente do SindServ, essa mudança ainda acarretará na perda da gratuidade no convênio odontológico. “Essa situação pegou a mim e toda minha direção de surpresa. Nosso contrato com a NotreDame é preciso dar um aviso prévio de 60 dias. Fomos informados, no dia 23 de abril, que no dia 22 de maio se encerra o nosso contrato com a Prefeitura. Então, neste mês mesmo, o servidor só pagará 22 dias para ter o atendimento NotreDame. Nossa maior preocupação são com os servidores que hoje estão em tratamento oncológico, cardíaco, sequelas da Covid-19, entre outros.”

Na última segunda-feira (3), Dalva esteve com o secretário de Administração, Eduardo Pacheco, solicitando mais 60 dias para o processo de transição entre os convênios médicos. “Eu sei da ansiedade do servidor para que eu tome uma postura mais agressiva, mas a gente tem que lembrar o seguinte: nós pagamos uma parte do convênio médico, a outra quem paga é a Prefeitura. Eles alegam não ter condições para pagar o valor que a NotreDame cobra, mas também não nos deram alternativa de achar um convênio mais em conta”, disse.  Após a ruptura do contrato com a NotreDame Intermédica, os servidores municipais de Ribeirão Pires serão atendidos pela empresa Plena Saúde.

 

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