Política

Taxa do Lixo de Volpi já está pronta para ir para Câmara de Ribeirão Pires

Projeto de Lei de autoria do prefeito Clóvis Volpi deverá ser votado na Câmara na sessão do dia 6 de maio

Clóvis Volpi já finalizou projeto para criar a Taxa do Lixo em Ribeirão

Imagem:Divulgação

Por Redação

Já está finalizado o Projeto de Lei que cria a Taxa do Lixo em Ribeirão Pires. E ele deverá ser enviado para Câmara para ser aprovado na sessão que ocorrerá no dia seis de maio, conforme a Folha apurou.

O Governo do prefeito Clóvis Volpi (PL) preparava em silêncio a instituição de nova taxa para o contribuinte da Estância pagar, até que a Folha teve acesso e tornou pública a pretensão de Volpi.

A expectativa de Volpi é arrecadar R$ 10 milhões por ano com o novo tributo.

A nova taxa deverá ter valor entre R$ 25,00 e R$ 30,00 por mês e será distribuída para as 33 mil residências da cidade.

Ainda não se sabe se o Governo tem os votos suficientes para a aprovação da Taxa do Lixo no Legislativo, porém, a estratégia para aprovação é simples: aproveitar esse período de pandemia onde as sessões do Legislativo estão ocorrendo de maneira virtual e assim facilitaria conseguir os 12 votos necessários para a aprovação.

A pressão popular e por consequência o desgaste aos parlamentares seria menor.

Outro método que Volpi está usando para seduzir os parlamentares a aprovarem a Taxa do Lixo é falar que tão logo aprovado o novo tributo, o Executivo mandaria para Câmara um outro Projeto de Lei onde criaria emendas “impositivas” para os vereadores indicarem no Orçamento Municipal.

Com isso cada parlamentar teria por ano cerca de R$ 350 mil para indicar ao Governo para execução de obras em seus respectivos redutos eleitorais.

No entanto, vale ressaltar que mesmo aprovada em qualquer mês deste ano, a nova taxa só teria valor a partir do ano que vem, conforme dita a Constituição Federal em seu artigo 150, inciso III, alínea b. “Mas ele (Volpi) quer ela aprovada agora e no ano que vem é só mandar o carnê”, disse a fonte.

 

Taxa já foi rejeitada em Ribeirão

 

A Câmara ficou lotada na sessão realizada no início do mês de dezembro de 2017 que rejeitou a proposta do Executivo para implantar na Estância a Taxa do Lixo. A criação da taxa foi negada por todos os parlamentares da época.

Destes, pelo menos cinco estão na legislatura atual e de novo vão votar a Taxa do Lixo. Resta saber se mudaram de opinião e agora são favoráveis a Taxa do Lixo, são eles: Guto Volpi (PL), Paulo Cesar - PC (PL), Paixão (Patriota), Edmar da Aerocar (PSD) e Rato Teixeira (PTB).

Outro que estava na Câmara e se manifestou contra a taxa foi o atual vice-prefeito Amigão D´Orto (PSB).

“Entendo que a criação de tributos não é a solução, não vai ser a taxa que vai resolver os problemas, a população não pode pagar pela ingerência do Poder Público”, disse, na época, o vereador Amigão D’Orto (PTC).

O ex-parlamentar e atual vice de Volpi ainda completou a fala frisando que o Executivo vive em outra realidade. “O Executivo vive em outra realidade, não percebe que a população não consegue pagar mais taxas e espero sim, uma gestão de verdade”, finalizou D’Orto.

A estimativa do Executivo em 2017 era a de arrecadar cerca de R$ 7 milhões com a cobrança que seria enviada junto ao carnê do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU).

Se tivesse sido aprovado, o novo imposto iria taxar os contribuintes residenciais entre R$ 1,25 e R$ 1,75 por metro quadrado. Comércio em R$ 1,75 o m2 e indústrias passariam a contribuir com R$ 1,80 por metro quadrado. 

A coleta e destinação do lixo estava estimada em gasto anual de R$ 8.000.000,00.

 

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