A região do Grande ABC tem, proporcionalmente, o maior número de mortos por Coronavírus registrado em comparativo com nove estados brasileiros. Até a última terça-feira (12), foram computados 6.089 óbitos – cerca de 216 a cada 100 mil habitantes. 

Na taxa de letalidade, que indica o número de mortes entre as pessoas que foram infectadas pela Covid-19, a região já ultrapassou o registrado no Acre, Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. Os dados foram computados pelo jornal Diário do Grande ABC.

Calcular o número de mortos por 100 mil habitantes é uma forma de estabelecer uma comparação confiável entre cidades com diferentes quantidades de moradores.  De acordo com tabulação, os números do Grande ABC são maiores que os do Rio Grande do Norte, por exemplo, que na mesma data havia computado 4.983 perdas, ou 142 a cada grupo de 100 mil habitantes. No mesmo período, o estado de Sergipe computou 3.849 vítimas fatais (167 óbitos por 100 mil habitantes).

Também chama atenção o fato de a letalidade da Covid no Grande ABC ser maior do que a registrada no Estado de São Paulo e também no Brasil. Entre os 645 municípios paulistas, a taxa para cada 100 mil habitantes era de 186 no início da semana e, no Brasil, o número total era de 172.  

O infectologista Carlos Magno Fortaleza, integrante do Comitê de Contingência do Estado, avalia que são diversos fatores que podem ter levado a região ao destaque negativo. “É provável que esse número seja uma grande mistura da dificuldade de fazer isolamento em área muito densamente habitada, com a entrada da variante e, naturalmente, a população não aderindo às medidas que já deveriam ser seguidas há muito tempo. ”

A última terça-feira (13) foi o dia mais letal desde o início da pandemia na região do Grande ABC, que acumulou 70 falecimentos em 24h, superando as 67 baixas do dia 30 de março, que era a maior marca até então.

O volume de infectados chegou a 164.830 nas sete cidades.