Saúde

35 pessoas morrem em fila de espera por vaga na UTI

Cidade tem operado acima do limite de capacidade para atender a demanda

Hospital de Campanha registra 100% de ocupação nos leitos de enfermaria

Imagem:Reprodução

Por Marília Gabriela

Desde o dia 1 de março, 35 pessoas morreram à espera de um leito em Ribeirão Pires. Só na última semana (de 22 a 26/3) foram registrados 16 óbitos de pessoas que aguardavam na fila do CROSS (Sistema de Regulação de Vagas do Governo do Estado). Com isso, observa-se que essa semana foi uma das mais letais desde o início da pandemia.

Desde meados de fevereiro, a cidade está operando com seus equipamentos lotados. O Hospital de Campanha está com 100% dos leitos ocupados há mais de um mês e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA Santa Luzia) tem atendido além de sua capacidade, inclusive intubando pacientes .

“O número de casos de Covid cresceu absurdamente nas últimas semanas. Temos feito de tudo para salvar os pacientes, mas, se esses números continuarem a subir, a situação ficará ainda mais complicada”, observou o secretário de Saúde, Audrei Rocha.

A Prefeitura está tentando ampliar o número de leitos para poder dar conta da crescente demanda da doença. No entanto, a White Martins, empresa responsável pelo fornecimento de oxigênio, comunicou que não tem condições de dar um suporte maior do que já é fornecido, situação que tem impossibilitado a  ampliação das estruturas de enfrentamento à Covid em Ribeirão Pires.Até a útima sexta-feira (26), 15 pessoas ainda aguardam por vaga no sistema CROSS, 11 por leitos de UTI.

Casos

Ribeirão Pires tem 4.612 casos confirmados de Covid e 202 mortes registradas. Há 34 pacientes internados na rede municipal da cidade, no Hospital de Campanha. A ocupação de leitos exclusivos para casos Covid-19 na rede municipal (Hospital de Campanha) é de 100% nos leitos de enfermaria e 70% nos leitos de emergência.

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