Política

Volpi vai à Brasília em busca de recursos para manter Hospital de Campanha de RP aberto

Contrato junto ao Governo Estadual se encerra em 28 de fevereiro; Volpi luta contra o tempo em busca de apoio financeiro

Custo mensal para manutenção do Hospital de Campanha é de R$ 1 milhão

Imagem:Divulgação

Por Marília Gabriela

Em uma semana, a manutenção e o possível fechamento do Hospital de Campanha, instalado no Complexo Ayrton Senna, tomou conta dos noticiários locais.

Em cinco dias, o prefeito Clóvis Volpi (PL) fez duas investidas junto ao Governo do Estado na tentativa de viabilizar recursos financeiros para a manutenção do equipamento de saúde municipal.

Segundo o prefeito, a manutenção mensal do Hospital de Campanha chega ao custo de R$ 1 milhão.

O equipamento recebe desde a sua instalação, em março do ano passado, ajuda financeira advinda do Estado, contudo, o contrato seguirá vigente até 28 de fevereiro (domingo), o que preocupa a Prefeitura e traz diversas dúvidas à população.

Segundo a Administração Municipal, o Governo mostrou-se contrário à renovação do contrato. O valor em caixa para manter a unidade é de apenas R$ 64,2 mil, dinheiro que mantêm o funcionamento até a primeira semana de março.

Com vista ao amparo da cidade, o deputado estadual Thiago Auricchio (PL) enviou no início da semana um ofício a Secretaria de Desenvolvimento Regional para o envio de R$ 3 milhões para a manutenção e administração do Hospital de Campanha por um período de até três meses.

No ofício foi salientado que o município não tem condições de custear sozinho o equipamento, tendo em vista que nas últimas semanas 35% dos leitos de UTI estão sendo ocupados por pacientes transferidos de outras cidades, haja vista a sobrecarga de hospitais de municípios vizinhos, como Rio Grande da Serra, Mauá e Suzano. Contudo, a solicitação foi negada pelo Governo Estadual.

Na última terça-feira (23) outro pedido foi enviado ao Governo, desta vez foi solicitado o aporte de R$ 5 milhões. O ofício foi encaminhado para o gabinete do Governador João Dória (PSDB).

Foi reiterado que a Estância encontra-se em vias de desativação do Hospital de Campanha, “a ponto de submeter a população do Grande ABC à sua própria sorte, com prejuízos irreparáveis de muitas vidas”.

O prefeito surgeriu ao Estado, ainda, o envio de aporte financeiro aos municípios vizinhos, para que seja possível abrir novos leitos e assim, desafogar o equipamento ribeirãopirense.

O documento ainda está em análise.

Na última quarta-feira (24), Volpi viajou à Brasília - DF para se encontrar com deputados federais e senadores, para que, junto com o Ministério da Saúde possa conseguir a liberação de recursos para manutenção do hospital.

“A verba para custear o equipamento termina no próximo fim de semana, e sem aporte federal e estadual, corremos o risco de termos as atividades encerradas em plena segunda onda de contaminação da Covid-19”, afirmou o prefeito, que se demonstra preocupado com um possível colapso da Saúde em Ribeirão Pires.

A ocupação em leitos de enfermaria atingiu a sua lotação máxima (100%), na última quarta (24). Isso significa que para receber novos pacientes, outros precisam ter alta médica. Caso alguém necessite de internação nesse momento, a Secretaria de Saúde terá que buscar vaga em outras cidades.

Mais lidas agora

Últimas em Política