Equipe de Rio Grande em reunião na última sexta-feira com o Estado
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A Prefeitura de Rio Grande da Serra publicou na última sexta-feira a rescisão unilateral de contrato com a empresa RR Construções e Serviços Ltda, vencedora da licitação para a construção do Terminal Rodoviário do município.
Segundo a Prefeitura, a rescisão se dá por violação contratual, caracterizada pela ausência de justificativa para paralisação da obra. Foi dado o prazo de cinco dias para a empresa se defender.
Cancelamento do contrato ocorre justamente no momento em que o prefeito Claudinho da Geladeira (Podemos) se articula com o Governo do Estado para viabilizar, de fato, a Rodoviária na cidade.
Na última sexta-feira o prefeito participou de mais uma reunião na Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, juntamente com a deputada estadual Carla Morando (PSDB), com o secretário Alexandre Baldy, o presidente da CPTM, Pedro Moro e o diretor de Engenharia, Obras e Meio Ambiente na CPTM, Marcelo Machado, com o objetivo de retomada das obras e a unificação da Estação de Trem com a Rodoviária.
“Foi uma reunião muito importante. Vamos resolver o problema da região e melhorar o trânsito da cidade. Já temos mais uma reunião agendada com o secretário para o próximo mês. Uma nova proposta será apresentada”, comemorou o prefeito nas redes sociais.
Antes desse, outro encontro já havia ocorrido entre as autoridades municipais e do Estado.
Após a tratativa inicial entre o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, presidido pelo prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB), em conjunto com o vice-governador e secretário estadual de Governo, Rodrigo Garcia (DEM), o projeto para erguer o Terminal Rodoviário em Rio Grande da Serra finalmente ganhou o interesse da Secretaria Estadual de Transportes.
Há 56 anos, desde a emancipação do município, a população clama por mudanças na infraestrutura da cidade. A construção de uma Rodoviária e o fim das cancelas da CPTM são reivindicações históricas.
Após ter uma afirmativa sobre o debate do projeto pelo Consórcio e pelo Governo do Estado, o prefeito Claudinho da Geladeira (Podemos) encaminhou a pauta para a deputada estadual Carla Morando (PSDB). O tema foi então direcionado e acolhido pela Secretaria Estadual de Transportes.
No último dia 11, Claudinho, em conjunto com a sua vice, Penha Fumagalli (PTB), estiveram no local das obras juntamente com a deputada e o secretário estadual - Carla Morando e Alexandre Baldy.
Geladeira explicou as dificuldades enfrentadas pela população e a importância da conclusão da obra aliada a construção de uma nova plataforma de desembarque da CPTM que seja integrada ao Terminal Rodoviário.
A estrutura deve ligar os dois lados de Rio Grande da Serra e permitir a integração das linhas de ônibus municipais e intermunicipais com a linha 10-Turquesa da CPTM. A obra está orçada em R$ 2.415.041,63.
O secretário estadual falou sobre a importância dos recursos do Governo do Estado para a conclusão da obra e endossou a preocupação do prefeito quanto ao projeto de integração. “Estamos contigo Claudinho, vamos lutar para que essa obra importante seja retomada e concluída e também para viabilizar o projeto de integração com a CPTM”, disse Alexandre Baldy.
O projeto de mobilidade urbana deve beneficiar em torno de 50 mil pessoas.
Para se ter uma ideia, 80% dos moradores da cidade utilizam diariamente o transporte púbico. O projeto trará maior autonomia e comodidade aos passageiros.
“Vamos resolver tudo com a parceria da Prefeitura, da deputada Carla e a orientação do governador João Doria”, finalizou o secretário estadual.
Ordem de início
No sábado, dia sete de março do ano passado, o então prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania), deu ordem de início as obras de construção do Terminal Rodoviário do município, no antigo Campo do Ferrovia.
A construção está orçada em R$ 2.415.041,63, sendo os investimentos conquistados através do Fundo Metropolitano de Financiamento e Investimento (Fumefi) e emendas parlamentares dos deputados estaduais: Thiago Auricchio (PL) (R$ 400 mil), Estevam Galvão (DEM) (R$ 250 mil) e Coronel Telhada (PP) (R$ 100 mil).
O equipamento de mobilidade terá área total de 9,3 mil metros quadrados, abrigando o sistema viário, acessibilidade, estacionamento e área coberta reservada à população e aos coletivos.
No entanto, após essa ordem, apenas algumas estacas foram fincadas no local e nada mais. A empresa sumiu do canteiro de obras e agora o atual prefeito Claudinho acaba de rescindir o contrato com a empresa vencedora da licitação de maneira unilateral.