Cidades

População do Grande ABC gastou menos dinheiro com bebida alcoólica na pandemia

Redução média de gasto com álcool caiu 32,3%. Ribeirão Pires reduziu 23,2% e Rio Grande da Serra 39,1%

Queda está atrelada a pandemia

Imagem:Foto: Reprodução

Por Marília Gabriela

Na última quinta-feira foi celebrado o Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, criado para conscientizar a população sobre os males causados pelo consumo excessivo de álcool. Um estudo mostra que o consumo de bebidas alcoólicas cai na pandemia, mas ainda preocupa. 

A quantidade de dinheiro desembolsado por consumidores com bebidas alcoólicas no Grande ABC reduziu quando comparado entre os anos de 2019 e 2020. 

Na média a queda foi de 32,3% entre as sete cidades que compõe a região, maior do que o identificado para o Brasil, que foi de 26,9%.

A cidade que mais reduziu entre os sete municípios foi Rio Grande da Serra, com uma queda de 39,1%. Em 2019 a cidade gastou R$ 8.931.824,00 com bebidas e no ano passado esse valor passou para R$ 5.443.778,00.

Ribeirão Pires, por sua vez, teve a segunda menor redução do Grande ABC, com queda de 23,2%. Em 2019 foi arrecadado R$ 20.748.578,00 e no ano passado o valor ficou em R$ 15.928.554,00.

Os números surgiram a partir de um estudo realizado pela IPC Maps, da IPC Marketing e Editora. No Grande ABC em 2019 foram gastos R$ 538,3 milhões e em 2020, R$ 364,6 milhões.

Apesar da doença, alcoolismo, estar relacionada a uma série de complicações ao organismo, levando a sequelas irreversíveis e, inclusive, à morte de mais de 3 milhões de pessoas todos os anos no mundo, dados do IPC Maps - especializado em potencial de consumo com base em dados oficiais - apontam para um crescimento rigoroso no que se refere às despesas com bebidas alcoólicas nos últimos anos no Brasil.

Segundo Marcos Pazzini, responsável pelo estudo, “entre 2016 e 2019, os gastos no setor dispararam de R$ 25,3 bilhões para R$ 30,6 bilhões em todas as classes sociais”. 

Em 2020, por sua vez, houve um recuo de 26,9% no país, totalizando R$ 22,3 bilhões dos desembolsos nesta categoria. 

Mas o cenário ainda é alarmante. Para Pazzini, a projeção é que esse tipo de consumo volte a subir, já que seu declínio é atribuído somente à recessão provocada pela pandemia, assim como aconteceu com a maioria dos setores econômicos. 

“A procura por bebidas alcoólicas está muito mais ligada a hábitos de consumo de parte da população, principalmente a mais jovem, que vincula diversão ao álcool”, considera o especialista.

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