Cidades

Governo prevê alta de casos de Covid-19 em janeiro, mesmo com vacinação

Projeções indicam que a vacinação demorará até três meses para começar a ser sentida nas estatísticas do Centro de Contigência

A preocupação é principalmente com o aumento das internações

Imagem:Foto: Reprodução

Por Marília Gabriela

Mesmo com a perspectiva de iniciar a vacinação contra a Covid-19, o Governo de São Paulo prepara-se para um janeiro de estatísticas em alta na pandemia. Há uma avaliação de que a média diária de internações, hoje na casa de 1.400 pode chegar a 2.000 ao final da primeira quinzena do mês, superando até mesmo o pico de julho. Para fazer frente à escalada, estão sendo reabertos 2.000 leitos hospitalares que haviam sido fechados, trazendo o total novamente para 9.500.

As projeções indicam que a vacinação demorará no mínimo três meses para começar a ser sentida nas estatísticas, ou seja, não antes de abril. Novas regressões nas fases do Plano São Paulo não estão descartadas, conforme apontam  informações do Painel, da Folha de São Paulo.

Segundo especialistas da Saúde, a população com idade entre 20 e 39 anos, e 30 e 50 anos, compõem o grupo com maior incidência de casos confirmados. Estes, por sua vez, também representam o grupo que mais se expõe em situações de risco, optando por desfrutar do lazer noturno através da presença e permanência em baladas, festas e happy hours. 

Tendo em vista que a primeira etapa de vacinação contra a Covid-19 irá contemplar apenas profissionais da saúde, indígenas, e pessoas com idade acima de 60 anos, os jovens e adultos devem tomar preocauções e evitar pontos de aglomeração, a fim de auxiliar no controle de novos casos e óbitos em todo o Estado de São Paulo.

 

Grande ABC registra 92 mil casos de Covid

Na última quarta-feira (16) as sete cidades do Grande ABC atingiram a marca de 92.856 casos confirmados de Covid-19, e 3.276 vidas perdidas para a doença.

São Bernardo do Campo lidera o ranking de maior incidência de casos. 36.919 pessoas já se infectaram desde o ínicio da pandemia.

Em segundo lugar está Santo André com 26.595 casos, seguindo por Diadema com outros 11.985.

São Caetano e Mauá tem 5.696 e 7.679 casos, respectivamente.

Ribeirão Pires  tem 2.952 casos confirmados da doença, e Rio Grande da Serra outros 757 casos identificados a partir de exames laboratoriais. 

Além disso, nos primeiros 15 dias deste mês, houve aumento de 8% nas internações, saltando de 1.217 para 1.326 hospitalizações, elevando a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para até 60%, segundo informações disponibilizadas no portal de acompanhamento da pandemia da Fundação Seade.

De olho no cenário, as Prefeituras iniciaram medidas para evitar que faltem vagas nos hospitais da região, a exemplo da suspensão de cirurgias eletivas, reabertura de leitos destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19 no Hospital das Clínicas de São Bernardo e contratação de leitos de hospital particular pela administração de Diadema.

O aumento das internações é reflexo do aumento de casos no último período.

Contudo, o que alivia o quadro do Grande ABC é que 82% do total de pessoas que tiveram contato com o vírus já tiveram alta hospitalar e/ou não apresentam mais sintomas da doença.

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