Economia

Comércios sofrem com redução de horário em período de festas de fim de ano

Devido a regressão da região para a Fase Amarela, os comerciantes passam a ter duas horas a menos para vender seus produtos

Em um ano atípico, comerciantes registram maior impacto nas vendas

Imagem:Divulgação

Por Marília Gabriela

Comerciantes e especialistas manifestaram preocupação com o retorno do Grande ABC e Grande São Paulo para a Fase Amarela do Plano São Paulo. A principal questão é se a redução de horário de atendimento pode mesmo evitar aglomerações e o contágio pelo novo coronavírus. 

Em dezembro, os shoppings e centros comerciais dão espaço para as decorações natalinas; os consumidores vão às ruas atrás de enfeites para a casa e presentes para a celebração do “amigo secreto”.  

Em média, os comércios faturam 25% a mais do que nos outros meses do ano. Contudo, este ano, marcado pela pandemia do novo coronavírus, as vendas seguem abaixo das expectativas. E, desde a última terça-feira (1º), os comerciantes passaram a ter duas horas a menos para vender os seus produtos, devido a regressão de toda a Grande São Paulo da Fase Verde para a Fase Amarela. Somado a isso, a ocupação máxima dos estabelecimentos foi reduzida de 60% para 40% do total. 

A medida vale também para bares, restaurantes, e prestadoras de serviços e de atendimento ao público. 

Especialistas econômicos divergem sobre as ações que devem ser implementadas neste período. 

Lorena Barberia, professora do departamento de Ciência Pública da USP, que acompanha as ações de contingência do coronavírus, defende que o Estado deve ser mais rígido, e recuar mais uma fase - para a Laranja, que determina maiores restrições, visando o controle e a maior adesão ao isolamento social pela população. 

Segundo ela, esta seria uma medida drástica, mas necessária para conter em pelo menos 10% a circulação do vírus. 

A regressão de fase também não agradou a Federação do Comércio - Fecomércio, contudo, a visão sobre este tema é outra. 

Segundo Jaime Vasconcelos, assessor do órgão, o Governo deveria optar pela ampliação - para 12 horas diárias, para que fosse possível disponibilizar mais espaçamento e maior distribuição de clientes e colaboradores nos corredores comerciais e estabelecimentos. 

O órgão mostra preocupação com o impacto das restrições aos pequenos e grandes lojistas faltando pouco mais de 20 dias para o Natal. 

Já o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn defendeu a regressão de fase para conter o crescimento acelerado do contágio. “A medida adotada na última terça-feira trouxe um alerta para todos. Foi a ação escolhida para não cercear o comércio e os serviços, e que diminuísse o tempo de exposição das pessoas, assim como a diminuição da aglomeração”, disse o secretário. 

A Fase Amarela que se estende pelas cidades do ABC e por todo o Estado seguirá até 4 de janeiro, data em que haverá uma nova atualização do Plano São Paulo.

Porém, caso haja uma piora no volume de casos e óbitos decorrente da Covid-19 neste período, o Governo afirmou que ações mais duras serão tomadas.

Mais lidas agora

Últimas em Economia