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Em flexibilização, ABC registra aumento de casos e pode regredir para Fase Amarela

Entre 13 e 26 de novembro, o Grande ABC registrou 5.705 novos casos de Covid-19; o volume ascende um alerta para a região

Região pode regredir de fase após aumento nas internações hospitalares

Imagem:Divulgação

Por Marília Gabriela

Na próxima segunda-feira (30) o governador João Dória (PSDB) se reunirá com representantes do Centro de Contingência do Coronavírus e com a imprensa, no Palácio dos Bandeirantes, para anunciar a atualização do Plano São Paulo.  Tendo em vista o aumento expressivo dos casos de Covid-19 nas últimas duas semanas, o Grande ABC pode vir a regredir de fase, retrocedendo para a Fase Amarela do Plano.

Do dia 13 de novembro até ontem (26), as sete prefeituras registraram o aumento de 5.705 casos de coronavírus entre os moradores (de 75.896 passou para 81.601). A região também está próxima de atingir as três mil vidas perdidas para a doença, desde o início da pandemia.

Dentro dos critérios do Plano São Paulo, a ocupação de leitos tem grande peso na análise da situação epidemiológica registrada na região.

Em Santo André, 40% dos leitos de enfermaria e 56,52% da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estão ocupadas. São Bernardo tem 57% das vagas de UTI e 48% da enfermaria preenchidas. Em São Caetano, 42% da UTI e 60% da enfermaria estão preenchidas. Em Ribeirão Pires, a taxa é de 39%. Diadema a Mauá não divulgaram o volume de ocupação dos leitos.

Rio Grande da Serra registra apenas um paciente internado do Centro de Campanha de combate à Covid.

Conforme indicado acima, as três cidades mais populosas do ABC estão com níveis de internação das UTIs próximo aos 60%, que é o máximo que a região pode registrar no setor da Saúde (pública e privada) para manter-se na Fase Verde do Plano. Se passar dos 60% de ocupação de leitos, a região deverá retroceder de fase, pois, conforme apontado pelos infectologistas, a região que registrar ocupação de leitos acima de 60% deverá regredir para a Fase Amarela. Caso atinja 70%, deve regredir para a Fase Laranja, e se atingir o volume de 80% dos leitos, voltará para a Fase Vermelha - de alerta máximo, em que apenas os serviços essenciais terão permissão para funcionar, aumentando o rigor e a adesão ao isolamento social.

Os representantes do Centro de Contingência do Estado analisam dois critérios: a capacidade de atendimento da população no sistema de Saúde e a evolução da epidemia. Se eventualmente, o Governador João Dória estabelecer que a região do ABC, identificada como Sub-região sudeste da região metropolitana da Grande São Paulo, deva retroceder para a Fase 3 do Plano, a população deverá se readequar as diretrizes mais restritivas que afetam, principalmente, os comércios e serviços da região.

Neste caso, os shopping centers terão proibição para a abertura das praças de alimentação, comércio de rua e serviços em geral deverão funcionar com capacidade limitada a 40%, e horário reduzido para seis horas diárias. Nesta lista estão inclusos os salões de beleza, barbearias,  bares e restaurantes. 

Academias deverão funcionar com 30% da capacidade total.

Eventos que gerem aglomeração continuam com a abertura suspensa.

Cabe frisar que segue vigente decreto estadual de quarentena, até 16 de dezembro. Especialistas da área da saúde recomendam o isolamento social, mesmo com o processo de reabertura gradativa da economia, como forma de controle da disseminação do coronavírus.

A orientação é que as pessoas saiam de suas casas apenas quando necessário, sempre observando que o uso de máscara de proteção é obrigatório.

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