O medicamento será ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em até 180 dias
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Os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que sofrem de esclerose múltipla passam a ter mais um aliado no combate à doença. Isso porque nos próximos meses o natalizumabe, medicamento utilizado no tratamento da enfermidade, terá sua oferta ampliada.
A decisão partiu do Ministério da Saúde e consta em Portaria publicada recentemente.
A inclusão do natalizumabe foi avaliada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Neste caso, foi analisado o impacto das mudanças na qualidade de vida dos pacientes. Outro ponto levado em conta foi a relação custo-efetividade obtida por meio da comparação entre os medicamentos ofertados pelo SUS.
Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, o Ministério da Saúde realiza um trabalho permanente de avaliação de novos medicamentos, visando ampliar o acesso da população à novas tecnologias.
“Esse trabalho triplicou a média anual de incorporações. Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde incorporou 95 novas tecnologias, sendo cerca de 70% de medicamentos. Entendemos que a incorporação de medicamentos e procedimentos no SUS com base em evidências científicas tem sido um grande aliado do Ministério na oferta de tratamentos mais seguros, custo-efetivos e convenientes para a população brasileira”, avaliou.
Traços da doença
Os desafios da doença autoimune para a pessoa com esclerose múltipla são muitos, atualmente cerca de 35 mil brasileiros são diagnosticados com a doença, segundo o ABEM - Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, sendo a doença neurológica que mais afeta jovem adultos na média de 20 a 30 anos.
A enfermidade acomete mais mulheres, em uma proporção de duas mulheres para cada homem diagnosticado, conforme dados do Ministério da Saúde.
A doença causa a perda de mielina (substância cuja função é fazer com que o impulso nervoso percorra os neurônios) levando interferência na transmissão dos impulsos elétricos e isto produz os diversos sintomas da doença, como dores fortes na coluna, nos braços e perna. Além de perda parcial da visão, o que afeta a locomoção do paciente.
A esclerose múltipla não tem cura, por isso o acompanhamento médico é realizado pelo neurologista, que é o profissional adequado para a realização do diagnóstico e a prescrição de medicamentos.