As cidades do Grande ABC registraram saldo positivo no volume de contratações no mês de setembro, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgado na primeira semana de novembro pelo Ministério da Economia.

No mês foram 24.171 contratações contra 19.036 desligamentos, saldo positivo de 5.135 postos de trabalho, mais que o dobro das 2.504 vagas geradas em agosto na região.

Ao verificarmos isoladamente por município, é possível conferir que São Caetano do Sul, Santo André e São Bernardo do Campo estão entre os municípios com melhor desempenho na geração de empregos com carteira assinada ao comparar o volume de admissões menos demissões. As cidades fecharam o mês de setembro com saldo positivo de 1.506, 1.421 e 999 em empregos criados, respectivamente.

Diadema e Mauá tiveram saldo médio de 500 vagas de carteira assinada preenchidas no mês analisado.

As empresas ribeirãopirenses dispensaram 414 trabalhadores e contrataram 608, deixando saldo de 194 postos de trabalho, variação de 1,07%.

Em Rio Grande da Serra, o volume de contratações melhora, mas ainda está longe da recuperação.

A cidade teve saldo de 18 empregos, resultado de 53 desligamentos contra 71 contratações, variação de 0,70%.

Segundo o Caged, o saldo positivo no mês analisado foi reforçado pelo retorno de contratações efetuado pela indústria, pelo comércio e pelo setor de construção civil.

Entre os meses de março e junho deste ano, a microrregião foi abatida pela repressão da economia, o que causou a demissão de centenas de trabalhadores. A recuperação do emprego foi visível, segundo o Caged, após o mês de julho.

O órgão demonstra que entre julho e setembro, a Estância acumulou o saldo positivo de 448 empregos. Na cidade vizinha o saldo foi de 38.

Para o economista e coordenador do Observatório de Políticas Públicas da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Jefferson José da Conceição, é natural e esperado o aumento de contratações sobre as demissões após um período longo de isolamento social e de redução da atividade econômica por conta da pandemia da Covid-19, como também é previsto o saldo negativo no ano por conta do tamanho da crise agravada com a pandemia. 

O setor que apresenta maior volume de demissões e que ainda não se recuperou totalmente foi o de serviços. 

Isoladamente, o setor foi responsável por 176 demissões no mês de setembro em Ribeirão Pires, contra 152 admissões.

Nas sete cidades, o setor foi responsável por 10.998 demissões no mesmo mês.