Desde os seis meses de vida, o pequeno Bernardo, morador de Rio Grande da Serra, mostrou-se um verdadeiro guerreiro.

Diagnosticado com Síndrome de West, uma forma de epilepsia caracterizada por crises de convulsões ainda na infância. Tal condição lhe causou paralisia cerebral e prejudicou seu desenvolvimento motor e intelectual, além da perda parcial da visão. Apesar das adversidades que surgem pelo caminho, ele e sua mãe, Pholiana Windson, não ousam baixar a cabeça e seguem superando os obstáculos. 

Em novembro do ano passado, a Folha contou um pouco da história de Bernardo. À época,  Pholiana buscava ajuda para conseguir a receita de um remédio à base de canabidiol -  uma substância encontrada na maconha, para ajudar o filho a controlar suas crises convulsivas. Era necessário o valor de R$ 1.690,00 para custear o tratamento. “A indicação é de que ele use o medicamento a cada 12 horas, de forma contínua, a fim de diminuir as convulsões”, disse na ocasião. 

Passado um ano desde a última reportagem feita pela nossa equipe, as dificuldades enfrentadas por Bernardo e sua mãe permanecem. Em razão de uma crise convulsiva, que o deixou desacordado por algumas horas, o garoto precisou ser entubado por oito dias. Apesar de ter acordado, ele permanece na UTI do Hospital Mário Covas, em Santo André, há mais de duas semanas, e sem previsão de alta.  

Paralelo aos problemas de saúde, também, as dificuldades financeiras. Mãe solo de três crianças, Pholiana sobrevive com um benefício dado pelo Governo. No entanto, o valor - que chega a um salário mínimo - não é suficiente para custear os gastos com aluguel e afins, bem como os tratamentos e terapias. Antes da pandemia, ela promovia ações beneficentes e vendia água e trufas pelos semáforos. Atualmente, ela não consegue trabalhar, pois se dedica a cuidar dos filhos.  

A mãe do menino, que completou 4 anos na última quinta-feira (12), ainda conta que as terapias são de extrema importância para o bem-estar de Bernardo. Desde que começou a realizá-las, obteve ganhos significativos, mas que, devido à última crise, retrocederam. “Tudo tem custo. Ele começou uma dieta cetogênica, para controle da Síndrome de West. Também precisamos pagar o tratamento Cuevas Medek e a  Equoterapia, que podem ajudar o Bernardo a andar, além dos medicamentos mensais”, relata.  

Por esse motivo, Pholiana tem promovido uma vaquinha virtual para arrecadar a quantia de  R$ 50 mil. Segundo ela, esse valor ajudará a custear os gastos necessários para o tratamento do garoto ao longo do início do próximo ano. “Quero dar uma qualidade de vida para ele.” As doações podem ser feitas através do link - vaka.me/1501908. 

Os apoiadores também podem ajudar doando óleo de cozinha usado. Recentemente, Pholiana teve a ideia de arrecadar o produto e vender para uma empresa que o reutiliza. O objetivo central é conseguir comprar uma cadeira de rodas, avaliada em R$ 7 mil, que esteja de acordo com o tamanho atual de Bernardo.  Para ajudar à causa, os interessados podem entrar em contato pelo telefone 99560-4791 e 99859-7027, ou seguir as páginas nas redes sociais: Bernardo Meu Milagre no Facebook e @bernardomeumilagre no Instagram.  

“Desejo que Bernardo não seja visto como um coitadinho, e sim como um vencedor”, finaliza Pholiana.