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Polícia Civil apura mais um caso de possível maus-tratos a animal em RP

Cavalo teria morrido após ser amarrado pelo proprietário em um quintal sem acesso à comida e água

Boletim de ocorrência foi registrado na Delegacia de Ribeirão Pires

Imagem:Foto: Folha Ribeirão Pires

Por Thainá Maria

Após a repercussão do caso de maus-tratos cometido contra um cabrito no bairro Colônia, a Polícia Civil de Ribeirão Pires tomou conhecimento, na última terça-feira (20), de mais um possível crime de negligência praticado contra um cavalo, na região do Sítio Santana.  

De acordo com informações do boletim de ocorrência, o animal foi encontrado morto no último dia 16, já em estado de decomposição, pelo irmão do proprietário do animal. Pelo fato de o agora investigado ter um histórico de maus-tratos contra animais, o declarante optou por acionar a Guarda Civil Municipal, levando em conta também o fato de que havia visto o cavalo amarrado em um barranco dias antes. Em razão disso, julgou que o animal poderia ter morrido em decorrência de tais atitudes negligentes.  

A GCM constatou no local dos fatos que o cavalo estava morto há pelo menos quatro dias. 

Ainda de acordo com informações, enquanto permaneceu amarrado, ele não teve acesso à alimentação ou água. O declarante chegou a acionar órgãos competentes para tomar providências, mas não obteve respostas.  

Inicialmente o boletim de ocorrência foi registrado como “outros - não criminal”, no entanto o delegado titular do município, doutor Wagner Milhardo, afirmou que as partes envolvidas já foram intimadas e deverão ser ouvidas em breve. 

Se comprovado maus-tratos, o autor terá infringido o artigo 32 da Lei nº 9605/98 - que prevê detenção para quem praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos. A detenção aplicada para esse tipo de caso vai de três meses até um ano, além de aplicação de multa.

Já em relação ao caso do cabrito, divulgado pela Folha na última edição, o delegado afirmou que os trabalhos seguem para apurar a responsabilidade criminal do autor. “Vamos trabalhar com a parte de provas testemunhais, filmagens e outros recursos para apurar devidamente o ocorrido”, afirmou Milhardo.
 

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