Cidades

Em RGS, família busca ajuda para processo de transplante renal

Moradores do bairro Pedreira, em RGS, buscam por um doador para salvar a vida de Leonardo Rodrigues

Leonardo Rodrigues, acompanhado de sua mãe, Luciana

Imagem:Arquivo Pessoal

Por Marília Gabriela

Familiares e amigos de Leonardo Mariano Rodrigues buscam por um doador compatível para o processo de transplante renal. O rapaz nasceu apenas com um rim, e hoje, este órgão sobrevive com 8% de suas funções.

O jovem de 26 anos, natural de Rio Grande da Serra, aguarda na fila de espera de um transplante de rim há anos, segundo relato de sua mãe Luciana Rodrigues.

“O Leonardo nasceu com rim único, e descobrimos isto quando ele tinha cinco anos de idade devido a presença de uma pedra no rim, que deixou sequela. E ao passar dos anos, a função renal deste único rim vem piorando progressivamente. Estamos correndo contra o tempo, a fim de conseguir um doador”, afirmou Luciana.

Normalmente, quem está na fila de espera pelo transplante recebe a doação de uma pessoa que veio a falecer recentemente por morte encefálica - que é a interrupção irreversível das funções cerebrais. Neste caso, este paciente deve ter sido identificado como um doador ainda em vida. Para ser doador de órgãos é preciso comunicar à família, pois, somente os parentes podem autorizar o processo.

Pela Lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores, ainda em vida, no caso da necessidade de transplante por um membro familiar. Amigos e conhecidos só podem ser doadores mediante autorização judicial, ou seja, a família e o doador devem solicitar na Justiça a permissão para o transplante, tendo a vista a urgência do caso. “Os médicos informaram que o sangue deve ter compatibilidade, sendo necessário que o doador seja O positivo ou O negativo”, apontou Luciana.

Recentemente, ela e seu marido, Emerson, fizeram o exame de compatibilidade, seguidos de seus irmãos e primos. No entanto, os resultados apresentaram incompatibilidade sanguínea, disfunções relacionadas a outros órgãos, e impossibilidade de doação devido à idade, tendo os primos idade abaixo do permitido pela lei. O doador em vida deve ter mais de 21 anos e boas condições de saúde.

Dr. Marcos Vieira, da Fundação Pró-Rim, referência nacional em tratamento e transplantes renais, afirma que "hoje em dia a doação de órgãos é segura. Ao doar um rim, o organismo irá rapidamente se adaptar à nova realidade. Isso quer dizer que apenas um rim fará a função dos dois e isso é perfeitamente possível”. Segundo ele, a doação de um órgão é um ato de amor e compaixão com o próximo.

O apelo da família de Leonardo reflete a preocupação com a queda dos transplantes no país, principalmente por causa da pandemia. Desde março, o critério de análise dos possíveis doadores leva em consideração àqueles que tiveram contato com pacientes ou familiares com suspeita de Covid-19. Ação que acarreta na demora para eleger possíveis doadores para o transplante e também em um volume menor de órgãos doados. Estima-se que mais de 40 mil pessoas estão na fila aguardando por uma doação em todo o Brasil, sendo de rim, fígado, medula óssea e outros.

Para conhecer mais sobre a história de Leonardo e/ou mostrar o interesse em ajudar à causa da família, basta entrar em contato pelo telefone (11) 95679-5696 ou 993468-0743.

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