O Brasil  totaliza mais de 100 mil vidas interrompidas de maneira dolorosa em decorrência do novo coronavírus. A lamentável e alarmante marca foi atingida no último sábado (8) - menos de 150 dias após o registro da primeira morte pelo vírus. 

Não demorou muito para que  o número fosse superado, e dois dias depois de chegarmos a casa dos 100 mil, já  somávamos 101.857 óbitos confirmados - segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde. Entre as milhares de vidas que foram impedidas pela Covid-19, 78 eram  moradores de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. 

A Estância abrange boa parte das vítimas que correspondem ao levantamento da microrregião - 61 mortes confirmadas até o último boletim informativo divulgado pela Prefeitura. E o número pode aumentar dentro dos próximos dias, dependendo do resultado dos seis óbitos que ainda seguem em análise. 

Atualmente, Ribeirão Pires registra 793 casos confirmados da doença, e outros 230 aguardando resultado de exames. 

O Hospital de Campanha do município - referência para o tratamento da Covid-19 aos ribeirãopirenses - conta com 22% da ocupação de seus leitos, até o fechamento desta edição. Dos nove pacientes que estão sendo assistidos, oito estão na enfermaria e um na emergência. Ao todo, 32 moradores da cidade seguem em tratamento hospitar - entre rede municipal e particular. 

Rio Grande da Serra registra, até a última atualização, 17 mortes em razão da pandemia. Assim como Ribeirão Pires, a cidade aguarda o resultado de outros seis óbitos suspeitos. O município tem 364 casos confirmados. Desse número, 261 já estão recuperados e 86 seguem em tratamento - dois seguem com acompanhamento hospitalar - um na enfermaria e outro na UTI. 

Mortes no Brasil 

O último boletim com o perfil das vítimas da Covid-19, divulgado no início deste mês, revelam que a maior parte das vítimas fatais é do sexo masculino, parda e tem mais de 60 anos. Grande parte dos mortos sofria de outras doenças. 

Segundo os dados, referentes ao cenário quando o país totalizava 91 mil mortos, 32.185 eram pessoas pardas; 52.948 eram homens; 22.868 tinham entre 70 e 79 anos e 21.339 tinham entre 60 e 69 anos. 

35,7 mil dos mortos pelo coronavírus tinham cardiopatias (mais de 29 mil eram pacientes com mais de 60 anos). Outros 28,3 mil tinham diabetes. Doença neurológica aparece em terceiro, com 4.713 mortes. Já no caso das vítimas abaixo dos 60 anos, a obesidade é a terceira comorbidade mais comum entre os óbitos confirmados.