Política

Governo estadual mantém Grande ABC em alerta máximo até 15 de junho

Secretaria Estadual de Saúde reforçou a importância de abrir novos leitos de UTI na região para que seja possível avançar de fase

ABC deve aguardar atualização do plano de reabertura econômica

Imagem:Redação

Por Marília Gabriela

Mesmo após abertura de diálogo com o Consórcio intermunicipal  e solicitação de um plano regional de flexibilização, o Governo do Estado de São Paulo manteve a região do Grande ABC na fase 1 (vermelha) alerta máximo. Uma das razões para a decisão foram a falta de leitos de UTI nos hospitais públicos e hospitais de campanha das sete cidades.

A divulgação da decisão do Governo foi realizada pelo presidente do Consórcio ABC e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania) em redes sociais na manhã da última quarta-feira (3), o qual afirmou que a situação do Grande ABC será reavaliada ao longo dos próximos sete dias pelo Governo Estadual e pelas Secretarias de Desenvolvimento Regional e de Saúde.

Na próxima quarta-feira (10), o Governo Estadual deverá apresentar nova atualização sobre plano de reabertura gradativa de atividades econômicas. Até lá, o Grande ABC segue na fase 1 do plano - mantendo apenas atendimento presencial para serviços e comércios essenciais.

O tema também foi tratado durante assembleia do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, com a participação dos prefeitos das sete cidades, realizada por meio de vídeoconferência, na quarta (3).

Na reunião foram analisados os indicadores mais recentes relacionados ao novo Coronavírus (Covid-19) no ABC, e como resultado, o Consórcio  verificou que a região cumpre os critérios determinados pelo Governo do Estado para alocação em nova fase do Plano São Paulo. “Nossos números têm condições de passar para a fase 2 e iniciar uma retomada gradual e consciente. Por exemplo, o Grande ABC oferece 30 leitos de UTI para cada 100 mil habitantes, enquanto que a exigência mínima é de 10 leitos”, afirmou o presidente do Consórcio, Gabriel Maranhão.

Maranhão destacou a visita anunciada pelo do secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, em conjunto com técnicos da Saúde do Governo, ao prédio do Quarteirão da Saúde, situado em Diadema, neste sábado (6) às 10h.

O equipamento de Saúde terá 100 novos leitos credenciados para o tratamento de pacientes com Covid-19.

Na primeira quinzena de maio a região passou a ter 1.201 acomodações exclusivas para pacientes da Covid-19, porém o índice de ocupação flutuou entre 73% e 83% entre a segunda quinzena de maio  e a primeira semana de junho. Ou seja, ampliar as redes de saúde municipais é tarefa a ser cumprida pelas Prefeituras, a fim de garantir o possível avanço de fase no processo de reabertura do comércio.

Reabertura de igrejas

A pauta sobre a reabertura das igrejas católicas foi discutida pelas Prefeituras de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, em conjunto com o coordenador da Região Pastoral Ribeirão Pires – Rio Grande da Serra, padre Rogério Duarte Irmão, após coletiva de imprensa do governador João Dória (PSDB), na última quarta (3).

“Conversamos com o Poder Público e chegamos ao consenso de que é melhor esperar a situação (pandemia) se estabilizar, para que haja a reabertura das igrejas”, disse padre Rogério Duarte.

Até lá, as igrejas permanecerão fechadas para evitar aglomeração, como forma de conter a propagação do novo Coronavírus.

Casos na microrregião 

Até ontem (4), foram registrados 208 casos confirmados pela Covid-19 entre moradores da Estância e 78 em Rio Grande da Serra.

Há 14 pessoas internadas na rede pública de saúde de Ribeirão Pires e 3 na rede particular. Já em Rio Grande, uma pessoa ocupa o leito de enfermaria e doze estão em isolamento domiciliar.

A Estância registrou 21 óbitos até ontem, e Rio Grande, nove. O volume de pessoas recuperadas na microrregião chegou a 122.

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