Saúde

Campanha Junho Laranja alerta para o combate à anemia e a leucemia

Segundo o INCA, a leucemia deve atingir 10 mil pessoas em 2020

Ação visa incentivar a prevenção e o tratamento dessas enferminades; Campanha integra calendário colorido da Saúde

Imagem:Reprodução

Por Redação

O calendário de concientização do mês de junho traz consigo a Campanha Junho Laranja, que visa o alerta sobre a anemia e a leucemia. Ações sociais ligadas a campanha contribuem para que haja maior busca por informações e medidas que levem ao diagnóstico de pacientes, tendo em vista a prevenção e o tratamento destas doenças. Embora as duas ocorram e se desenvolvam pela corrente sanguínea, elas são bastante distintas entre si.

A anemia é definida como a deficiência da hemoglobina, que é responsável pelo transporte de oxigênio para todo o corpo humano. “Existem vários tipos de anemias e podemos classificá-las de acordo com sua origem: anemias de causas hereditárias e/ou anemias de causas adquiridas”, explica o Dr. Paulo Roberto Bortolotti, hematologista e prestador de serviços do Hospital América de Mauá, situado na Vila Bocaina.

Os principais sintomas de uma síndrome anêmica são cansaço, fadiga e perda de energia para realizar atividades habituais.

“Os principais fatores de risco para a doença na infância são a deficiência de ferro e a presença de verminoses. Já na população adulta, é a perda de ferro, principalmente nas mulheres durante fluxo menstrual exacerbado. Nos idosos, a anemia acontece pela perda de sangue através do aparelho digestivo”, esclarece o doutor.

Para o diagnóstico das anemias, é necessário analisar a história clínica do paciente, associando-a a um exame físico minucioso, além de realizar exames laboratoriais. “Inicialmente para o diagnóstico de anemia é necessária a realização de um hemograma. A partir do hemograma, existem inúmeros exames a serem feitos para caracterizar o tipo de anemia”, pontua o especialista.

Já a leucemia é uma neoplasia sanguínea que apresenta mais de 12 tipos, sendo os quatro primários: leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (CLL).

“As leucemias agudas (LMA) são mais sintomáticas, levando o paciente a procurar atendimento hospitalar. Entre os sintomas estão cansaço, fadiga causada pela anemia, febre, infecções ocasionadas pela leucopenia, ou sangramentos resultantes da plaquetopenia. Já as leucemias crônicas podem inicialmente não apresentar sintomas, sendo detectadas comumente em exames laboratoriais rotineiros”, comenta o médico.

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2020, no Brasil, são estimados 10.810 casos da doença, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres.

“Os principais fatores de risco para a leucemia aguda (LMA) estão intimamente relacionados a síndromes genéticas, quimioterapia alquilante ou ao uso ou à exposição ambiental de agentes químicos como benzeno e radiação ionizante. É importante se atentar para o aparecimento de manchas roxas na pele, presença de gânglios cervicais ou inguinais não dolorosos, presença de febre vespertina sem sinais de infecção, sintomas de cansaço e fadiga persistente e perda de peso”, ressalta o hematologista.

Portanto, a realização periódica do hemograma é de grande importância para o combate à leucemia e anemia. Daí a importância de um check-up periódico com seu clínico geral.

A inserção da campanha Junho Laranja no calendário colorido da Saúde surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre o perigo da anemia e da leucemia  e incentivar a prevenção e o tratamento dessas enfermidades. Assim como ocorre durante as campanhas do Outubro Rosa e do Novembro Azul.

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