Cidades

Dória volta atrás e opta por diálogo com Consórcios para analisar processo de abertura dos comércios

Consórcio ABC deverá apresentar na próxima semana um estudo próprio para que a região avance de fase no processo de reabertura da economia

Imagem:Divulgação

Por Marília Gabriela

Na tarde desta sexta-feira (29) o Governador João Dória (PSDB) voltou atrás e decidiu pelo diálogo com os Consórcios Regionais para tratar sobre a abertura econômica na Grande São Paulo. Devido a isso, foi dado a autorização ao Consórcio Intermunicipal do ABC, que administra o planejamento, articulação e definição de ações nas sete cidades, de apresentar na semana que vem seu próprio estudo para que a região avance de fase no processo de reabertura do comércio.

Durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Dória informou que a região metropolitana será dividida em seis sub-regiões, a capital e mais cinco (Alto Tietê, ABC, Alto Juqueri, Sudoeste e Oeste) e os Consórcios destas regiões deverão apresentar planos para reabertura gradual a fim de demonstrar ações reais para que possam avançar para a fase 2, laranja, tendo a permissão da abertura, com restrições, das atividades imobiliárias, concessionárias, escritórios, comércios e shoppings centers, além da indústria não essencial e construção civil.

Atualmente, todas estão na fase vermelha, de restrição máxima, em que só é permitido o funcionamento de serviços essenciais.

A decisão foi tomada após pressão feita pelos prefeitos dessas cidades.

Conforme divulgado pela Folha na manhã desta sexta (29), os prefeitos do ABC, além do Consórcio Intermunicipal, apresentaram queixas sobre o tratamento diferenciado obtido pela capital. Pesou para Doria ceder às pressões o comportamento de Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo do Campo, que se mostrou indignado com a decisão do Governador, e apresentou duras críticas à abertura exclusiva da cidade de São Paulo. Além disso, a insatisfação fez-se presente no discurso do prefeito de Ribeirão Pires, Adler Teixeira –Kiko (PSDB), que utilizou sua conta em uma rede social para afirmar estar indignado com o posicionamento do Governo do Estado.

“Sabemos que não se pode separar a capital de São Paulo da Região Metropolitana, até mesmo porque muitas pessoas de Ribeirão Pires trabalham em São Paulo; muitas pessoas do Grande ABC usarão dessa abertura da capital para fazer suas compras lá e irão prejudicar o nosso comércio local. Se estamos preocupados com a economia e saúde, temos que ter um tratamento igualitário com a capital”, disse Kiko.

Devido a mudança de postura do Governo, a parte de 1º de junho começará a análise das propostas das entidades setoriais pelas secretarias estaduais competentes e pelo Comitê Estadual de Saúde. Enquanto isso, as sub-regiões permanecerão na zona vermelha, só a partir da autorização do Governador elas passarão para a classificação laranja e poderão retomar parte das atividades econômicas.

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