Política

Falta verba para compra de 1 milhão de testes para COVID pelo Consórcio ABC

Entidade regional realiza cotação para apenas 10% do divulgado em março

Aprovação da compra foi realizada entre Maranhão, Michels e prefeitos

Imagem:Divulgação: Consórcio ABC

Por Marília Gabriela

Na tarde da segunda-feira (18), durante coletiva de imprensa, o presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC, e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania), afirmou que a compra para testes rápidos para Covid-19 está paralisada devido à falta de recurso financeiro e repasse do Estado.

No dia 30 de março, o Consórcio, em conjunto com as Prefeituras das sete cidades, decidiu e pactuou medidas para reforçar o combate à pandemia do coronavírus, dentre as ações elencadas destaca-se a aprovação de compra de 1 milhão de kits para testes do novo coronavírus através do Consórcio ABC; projeto que custaria R$ 4,8 milhões. O material seria dividido proporcionalmente conforme o número de habitantes de cada município. Em reunião foi decidido que as Prefeituras iriam repassar valores para auxiliar na compra dos testes, provenientes de recursos destinados pelos governos Estadual e Federal, por meio do Fundo Municipal de Saúde.

O vice-presidente do colegiado e prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), também participou presencialmente da assembleia extraordinária. Na época, o Consórcio afirmou que a compra estaria concretizada e a distribuição iniciada na segunda quinzena de abril. porém, até o momento o plano de ação não foi realizado.

Perguntado sobre o motivo da paralisação da compra dos testes, Edgard Brandão, secretário executivo do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, afirmou que falta recursos financeiros. “O Consórcio foi a primeira entidade a falar e debater sobre compra de testes. Porém, os valores subiram demais, sendo assim, a compra de 1 milhão de testes ficou impossível, fora a intervenção dos Estados Unidos que inflacionaram os preços, e travaram as compras pelo mercado mundial. Ação também feita pela Coréia do Sul e pela China”, disse Brandão.

Atualmente, o Consórcio realiza cotação para 100 mil e para 30 mil unidades.A compra dos testes aguarda retorno e orientação do Governo Estadual, o qual segundo o Consórcio, irá nortear a forma correta de fazer a compra e o momento adequado, em comunicação com o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Saúde do Consórcio ABC e secretário municipal do setor em São Bernardo do Campo, Geraldo Reple.

Segundo a entidade, o Governo está em fase de compra de novos lotes para que haja a distribuição aos municípios. Porém, no momento atual, em que a região do ABC se encontra, não se sabe ainda se a ajuda pelo Estado será de envio de testes ou recursos financeiros. “Estamos fazendo novas pesquisas e cotações”, disse Maranhão.

O volume de 1 milhão iria possibilitar a realização de testes em 36% dos habitantes do Grande ABC, conforme estimativas da população das sete cidades. Porém, devido a redução de unidades, o percentual irá cair drasticamente.

Testagem pelas Prefeituras

Em 6 de abril, a Prefeitura de São Caetano do Sul implantou o programa de testagem domiciliar - Disk Coronavírus - realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto de Medicina Tropical da USP.

A ação alcançou milhares de moradores e foi intensificada em 25 de abril para testagem em massa de comerciantes, taxistas, motoristas de aplicativos, profissionais da saúde e agentes de segurança, em atendimento no “Drive Thru da Testagem Rápida”, montado na Garagem Municipal, no bairro Olímpico.

A ação foi replicada em Santo André com Drive Thur instalado no estacionamento do shopping Grand Plaza.  

Em Ribeirão Pires a iniciativa iniciou em 7 de maio, sendo a aplicação de testes de Coronavírus entre profissionais da saúde municipal, GCMs e profissionais de asilos. A Secretaria de Saúde da cidade utilizou cerca de mil testes rápidos enviados pelo Governo Federal.

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