Cidades

Cobranças indevidas são principal motivo de reclamação na região

No primeiro trimestre do ano, Procon da Estância registrou 110 reclamações contra cobranças indevidas; Procon de Rio Grande 39

Procons de RP e RGS já somam 14% das 3043 denúncias realizadas em 2019

Imagem:Foto: Reprodução

Por Marília Gabriela

O volume de queixas nos Procons de Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra chegou a 453 nos três primeiros meses do ano, sendo que a maioria relativa a cobrança indevida ou abusiva de cartão de crédito, telefonia celular e energia elétrica. Os dados dos serviços de atendimento são do Sindec (Sistema Nacional de Informação de Defesa do Consumidor).

Atualmente, o sistema do Sindec contabilizou que cobranças indevidas representaram 30,05% das reclamações pelos consumidores de Ribeirão Pires (110 de 366) e 44,83% de Rio Grande da Serra (39 de 87).

A maior fatia das reclamações está relacionada a cartões de crédito (7,03% em Ribeirão Pires e 8,05% em Rio Grande da Serra).

As fatias seguintes estão divididas entre bancos comerciais (7,65%), telefonias celulares (7,03%), em Ribeirão Pires; já em Rio Grande, o volume de reclamações por problemas físicos em aparelhos celulares surgiu em segundo lugar nos assuntos mais reclamados, chegando a 6,90%, empatando com a falta de energia elétrica.

Segundo informações cedidas no site do Procon, o Grupo Vivo/Telefônica é o local mais reclamado por consumidores no município de Ribeirão Pires, por cobranças indevidas e abusivas, e serviço não concluído ou fornecimento parcial, seguida da Eletropaulo / Enel Brasil.

Já em Rio Grande, o Bradesco está em primeiro lugar na lista de empresas com mais reclamações, seguida de lojas online, como B2W e Submarino.

Coronavírus

Devido a pandemia da Covid-19, a população está conferindo a falta de abastecimento de diversos itens  essenciais para enfrentar o contágio da doença, como álcool em gel. Além de alimentos perecíveis e falta de gás de cozinha.

Na última semana, a Folha informou sobre o aumento de 35% na venda do botijão de gás durante período de isolamento. Segundo a empresa Chama, que atua na entrega de gás de cozinha por aplicativo em toda a região metropolitana, a partir de revendas cadastradas, a média de preços no início de março era de R$ 71 e desde o dia (24), início da quarentena estadual, o botijão passou a ser encontrado por R$81, chegando até a R$ 120,00.

O diretor geral do Procon-SP, Fernando Capez, informou que já houve flagrantes de botijões de 13kg sendo vendidos ao preço de R$ 130.

Ele informou que, para coibir tais práticas, o Procon contará com o apoio das viaturas do Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégica) para atuar no combate, identificação e punição à prática de preços abusivos de botijões de gás em todo o Estado.A orientação do Procon-SP é de que os botijões de gás sejam comercializados por valores entre R$ 68 e R$ 70.

Em diálogo com o Sindicato de Fornecedores de Gás, o órgão estadual confirmou que não houve alteração nos custos que pudessem justificar a elevação dos preços cobrados dos consumidores.

A Petrobrás anunciou na última terça-feira (31) que irá reabastecer as distribuidoras de gás de todo o país, pois nos últimos dias houve uma corrida às distribuidoras para estocar botijões de gás de cozinha.

Denúncias 

Do dia 24 de março ao dia 1º de abril já foram registradas mais de 120 denúncias online contra preços abusivos do botijão de gás, por isso é tão importante a participação da sociedade.

O Procon disponibiliza canais de atendimentos para receber denúncias e orientar os consumidores: via internet (www.procon.sp.gov.br), aplicativo ProconSP ou via redes sociais, marcando @proconsp.

O consumidor que verificar preços abusivos poderá denunciar o estabelecimento a partir de uma foto do produto com preço e a indicação do estabelecimento, isto vale para qualquer produto ou serviço, como venda de álcool em gel, produtos de higiene e limpeza, cestas básicas e alimentos perecíveis, como carnes, peixes e verduras.

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