Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento, psicóloga
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Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento, especialista em psicossomática psicanalítica e psicóloga na Clínica Elgra, traz o debate sobre saúde mental e ansiedade em tempos de pandemia.
Confira:
A pandemia do Covid-19 parou o mundo. O contágio do coronavírus é rápido e favorecido pela proximidade física. Esse inimigo invisível espalhou pânico e tristeza. A rotina foi abruptamente alterada. Crianças sem ir à escola. Comércio fechado. Perde-se a referência do calendário e todo dia tem cara de domingo.
A ordem é ficar em casa. Entramos em quarentena sem nunca termos nos preparados para isso. Nunca passamos por isso. Essa pandemia do medo traz oscilação emocional e, sem dúvida, a experiência de um luto antecipatório. Medo de perder quem amamos, medo de perder nossa saúde, nosso sustento e medo de sair de casa.
O isolamento social, embora seja uma importante medida de prevenção, gera crises de angústia na população. É necessário criar atividades para o longo tempo passado dentro de casa.O nosso cérebro precisa de rotina para se organizar, mesmo numa situação que, espera-se, seja provisória. É uma forma de continuarmos produtivos e administrarmos o estresse.
Segundo a OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo. São 18,6 milhões de brasileiros preocupados com o futuro. Portanto, o cuidado com a saúde mental, em tempos de pandemia, é tão importante quanto lavar as mãos.
Devemos agir como bravos soldados, multiplicando as atitudes de solidariedade, amor e esperança.
Sentimentos positivos fortalecem nosso sistema imunológico e que possamos ter em mente que, na vida, tudo passa.