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Secretaria da Saúde registra seis casos de dengue em Ribeirão Pires

Rio Grande contabiliza dez casos suspeitos de dengue em 2020. Saúde intensifica a mobilização pelo combate ao Aedes aegypti

A equipe de vigilância epidemiológica segue monitorando novos casos

Imagem:Redação

Por Marília Gabriela

A Prefeitura de Ribeirão Pires por meio da Secretaria de Saúde, informou que entre janeiro e março de 2020 foram registrados seis casos confirmados de dengue na cidade. Os pacientes contraíram a doença fora do município.  Rio Grande da Serra contabilizou dez casos suspeitos, os quais estão aguardando confirmação do setor de vigilância epidemiológica. Os municípios mantêm ações de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti.

O período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, devido ao alto volume de chuva na região e temperaturas elevadas.

Procurada pela Folha, a Prefeitura de Ribeirão Pires informou que em 2019 foram registrados 24 casos de dengue, sendo 21 importados de outros municípios, e três autóctones (contraídos na Estância). A Secretaria da Saúde de Rio Grande da Serra contabilizou 61 casos suspeitos no mesmo período.

Segundo Lucinéia Aparecida Rodrigues Simões, técnica em enfermagem da UPA - Unidade de Pronto Atendimento - Santa Luzia, a dengue é um problema de saúde pública pois trata-se de uma doença infecciosa causada por um vírus transmitido pelo mosquito, podendo ser letal.

A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sinais como: febre alta, dor de cabeça, dor nos olhos e nas articulações. Já no caso da dengue hemorrágica há uma evolução rápida para quadros graves com a presença de hemorragias.

Segundo Lucinéia Simões, o paciente com sintomas de dengue deve ser encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento mais próxima. O profissional de enfermagem irá recolher as informações e queixas do paciente, aferir os sinais vitais (pressão arterial, temperatura, pulso, saturação de oxigênio, glicemia capilar e observação física). A partir desses parâmetros o enfermeiro encaminhará o paciente para o consultório médico.

Se o paciente apresentar sinais e sintomas da dengue clássica, ele será medicado com analgésicos, antitérmicos e hidratado com soro fisiológico. Em casos de sintomas de dengue hemorrágica, o médico solicitará exames de sangue para verificar se o paciente precisará receber além de hidratação, a transfusão de sangue. O paciente ficará em observação intra-hospitalar, tendo o seu estado de saúde monitorado constantemente até a sua melhora.

A Prefeitura de Ribeirão Pires informou à Folha que está atuando em ações de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti. “Quando são identificados e confirmados casos das doenças transmitidas pelo mosquito, são efetuados bloqueios nos locais, assim como vistorias num raio de 150 metros das residências dos pacientes para a eliminação dos criadouros”.

A Secretaria de Saúde de Rio Grande informou que tem realizado treinamentos com suas equipes, especialmente os agentes comunitários de saúde, para orientar a população quanto à prevenção e o que fazer em caso de suspeita de dengue, como a eliminação de recipientes com água parada.

Coronavírus:

Apesar de os números do coronavírus (Covid-19) chamarem atenção pela rápida multiplicação, atualmente há 30 casos confirmados no Estado de São Paulo, outras epidemias, como dengue e sarampo, também são alarmantes e merecem atenção.

O superintendente de Controle de Endemias de São Paulo, Marcos Boulos, estima que, em 2020, a dengue tenha maior incidência  em comparação ao ano passado. Só em 2019 foram mais de 437 mil casos da doença no Estado. A população deve ficar em alerta.

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