Política

Ribeirão Pires é a cidade com mais mulheres no comando de secretarias

Ao todo, sete mulheres estão encabeçadas de comandar as pastas municipais; Rio Grande da Serra conta com cinco secretárias

Sete mulheres estão na liderança de secretarias municipais da Estância

Imagem:Foto: Divulgação/ Prefeitura de Ribeirão Pires

Por Thainá Maria

Entre as sete cidades da região do Grande ABC, Ribeirão Pires se destaca por ser o município com mais mulheres responsáveis por comandar secretarias da Prefeitura Municipal. Os números são de um levantamento feito pelo Diário do Grande ABC e divulgado no último dia 8, quando foi celebrado o Dia Internacional da Mulher - data marcada pela luta e reivindicação por direitos iguais a classe feminina.

Ao todo, a Estância conta com sete mulheres na liderança das pastas municipais responsáveis por gerirem R$125,3 milhões. São elas: Elza dos Anjos Iwasaki (Assistência e Cidadania); Liz Ita Dotta (Assuntos Jurídicos); Flávia Regina Banwart e Silva (Educação); Antônia Constâncio (Finanças); Rosângela Vieira (Governo); Wanessa Isidio (Meio Ambiente) e Elza da Silva Carlos (Inclusão Social). Até o início deste ano, a Secretaria de Saúde também era uma das repartições administrada por uma mulher. No entanto, Patrícia Freitas pediu exoneração do cargo por motivos pessoais.  

Apesar da liderança nas estatísticas regionais, estando à frente de cidades como Mauá que possui apenas uma secretária, o cenário ainda é desigual em Ribeirão Pires levando em conta que o órgão Executivo conta com 20 Secretarias. Ou seja, as mulheres ainda são minorias representando apenas 35% das pastas.  

Em Rio Grande da Serra, cinco mulheres se fazem presentes nas secretarias municipais e comandam mais de R$ 50,9 milhões no município. As nomeadas são Natália Pereira da Silva (Comunicação); Rosi de Marco (Educação); Sandra Malvese (Obras e Planejamento); Cláudia Paranhos (Verde e Meio Ambiente); Raquel dos Santos (Saúde).  

Na cidade vizinha, onde o número de secretarias é menor - 14 ao todo - o percentual da presença feminina é quase o mesmo que na Estância, elas correspondem a 35,7% do total.

 

Presença feminina nas Câmaras ainda é nula 

Se o cenário nas secretarias municipais de ambas as cidades é promissor, nas Câmaras a situação ainda permanece desanimadora. Tanto Ribeirão Pires quanto Rio Grande da Serra, cidades que já foram exceções ao serem comandadas pelas prefeitas Maria Inês e Irineia José Midolli, hoje não contam sequer com representantes do sexo feminino na Casa de Leis. Na Estância, o corpo de vereadores é composto por 17 homens, enquanto na cidade vizinha a Câmara conta com 13 representantes do sexo masculino.

Insatisfeitas com a situação, a promotora legal popular Fabí Oliveira, a advogada Andreina Bravo e a assessora parlamentar Keila Diniz trouxeram para região o Movimento Mais Mulheres na Política, que tem como intuito dar visibilidade às mulheres em todas as esferas políticas, levando em conta a baixa taxa de representatividade - de apenas 15 %. “O cenário atual não nos favorece e percebemos isso ao longo desses 4 anos. As pautas das mulheres não tiveram devida atenção e permanecemos em segundo plano”, diz Fabí.

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