Cidades

Camelôs são impedidos de trabalhar nas imediações do Terminal Rodoviário

A Guarda Civil Municipal esteve no local para avisar os comerciantes

Imagem:Folha Ribeirão Pires

Por Thainá Maria

Os comerciantes populares de Ribeirão Pires foram surpreendidos na manhã desta sexta-feira (14) com a notícia de que não poderiam vender suas mercadorias nas imediações do Terminal Rodoviário Municipal. Segundo informações, a liminar que autorizava a atividade dos camelôs na região encontra-se vencida desde o último ano e, mesmo após diversas tentativas por parte dos vendedores, não houve acordo com a Prefeitura Municipal. 

Durante a manhã, equipes da Guarda Civil Municipal estiveram no local e conversaram com os vereadores Amigão D'Orto (PTC) e  Amaury Dias (PV) e com os comerciantes sobre a decisão. No entanto, quando questionados se havia algum documento assinado que formalizasse a ordem, os representantes do órgão municipal afirmaram que "não havia nada formalizado". 

Ainda segundo informações, a Guarda foi orientada apenas a não permitir a instalação de barracas, o que de certo modo permite a circulação de ambulantes pelo local. Não houve apreensão de mercadorias.

A Folha conversou com alguns trabalhadores que participaram a breve reunião e, segundo eles, mais de 50 comerciantes populares deverão ser afetados pela medida. Uma das comerciantes que trabalha há cerca de quatro meses no local afirmou que ficou sabendo da decisão quando chegou para trabalhar hoje pela manhã. "Só consegui vender R$ 40,00 pela manhã e tive que retirar minha barraca", conta. 

O grupo de camelôs ainda relatou as diversas tentativas, sem sucesso, de legalizar as barracas junto a Prefeitura Municipal. Eles também relembraram antigas promessas feitas pelo atual governo sobre a construção de quiosques que seriam destinados aos comerciantes. "Ninguém está se negando a pagar licença, nós apenas queremos trabalhar", afirma o grupo. 

Em nota enviada a Folha, a Prefeitura de Ribeirão Pires afirmou que, com a nova decisão da Justiça, a liminar que atorizava o a permanência perdeu efeito, revogando a autorização para a operação das atividades do comércio ambulante. "A Prefeitura, durante o processo judicial, indicou outro espaço para que esses comerciantes pudessem atuar, sem que a proposta tenha sido aceita", alegou o órgão.

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