Cidades

Mães de estudantes protestam contra fechamento do Sesi em Ribeirão Pires

Uma petição pública, que já conta com mais de 4.100 assinaturas foi lançada na tentativa de pressionar a entidade a ficar na cidade

O espaço onde a escola funciona pertence a Faculdade Ribeirão Pires

Imagem:Redação

Por Marília Gabriela

Diante da ameaça do Sesi em encerrar as aulas em Ribeirão Pires, pais de alunos buscam por representação e apoio da comunidade por meio da Campanha “Todos pelo Sesi 080”, lançada na internet para impedir que a unidade seja extinta da cidade.

Em reunião realizada na última terça-feira no auditório da Faculdade Ribeirão Pires, o superintendente e diretores do Sesi comunicaram aos pais que as aulas serão mantidas durante o ano letivo de 2020 a 2022, nas dependências da Faculdade.

Finalizado os dois anos, os alunos serão transferidos para a unidade de Mauá, que será erguida na Vila Vitória.

Infelizmente não houve abertura para diálogo com os pais. “O Sesi bateu o pé, falando que não irá continuar na cidade porque a Prefeitura não doou o terreno. Nós pais, nos sentimentos pressionados diante da falta de comunicação entre o Sesi e a Prefeitura”, disse Eliana Silva, mãe de um aluno do 3º ano do ensino fundamental.

Em novembro, o Sesi anunciou que não irá abrir vagas para o primeiro ano do ensino fundamental em 2020, pois manterá apenas os alunos já matriculados. “Quem tem filho nesta idade escolar será obrigado a matricula-lo no Sesi de Mauá, sendo um enorme transtorno”, comentou Eliana.

Hoje, 750 estudantes do ensino fundamental estão tendo aulas em um espaço da Faculdade de Ribeirão Pires.

Diante da negativa da permanência do Sesi, os pais continuarão com a campanha #naodeixeosesi80irembora, lançada em dezembro de 2019, em conjunto com uma petição pública, que já conta com mais de 4.100 assinaturas, como forma de sensibilizar as autoridades e os responsáveis pela instituição. “Vamos garantir forças para que essa escola não seja retirada de nós por motivos descabíveis. É um descaso total com o nosso colégio. A Prefeitura não tem uma resposta certa para o nosso problema”, escrevem os pais e ex-alunos na página do Facebook “Todos pelo Sesi 080”.

Segundo Auridejania Oliveira Lima, “a situação de incerteza quanto ao futuro da escola tem causado grande desgaste para alunos e professoress”.

Após inúmeras cobranças dos pais para uma definição precisa a respeito do futuro do colégio, o vereador Rato Teixeira (PTB) se comprometeu, em dezembro de 2019, em buscar junto ao Executivo solução definitiva para o problema.

O comprometimento ocorreu após o Ministério Público indicar a ilegalidade da doação do terreno onde está localizada a Fábrica de Sal.

Procurada pela Folha, a Prefeitura de Ribeirão Pires informou: “Apresentamos ao Sesi uma nova proposta para o desdobro da área onde está situada a Fábrica de Sal. O patrimônio histórico permaneceria, nessa nova proposta, sob o domínio da Prefeitura. O restante da área seria destinado ao Sesi, cerca de 9 mil metros (no qual poderia realizar a reforma no local e beneficiar toda a população com o acesso à Fábrica de Sal). A proposta não foi aceita pelo Sesi”. O Sesi informou que pelo seu regulamento é proibido de realizar qualquer investimento em área pertencente a terceiros.  

Até então, não há prédio algum previsto para acomodação da escola, tampouco projeto propondo solução para o problema.

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