Câmeras de segurança instaladas nos arredores do La Bodega’s Lounge Bar, em Mauá,  flagraram a briga entre Clayton Quinto e Lindoilson Maciel Carvalho que resultou na morte do gerente de 31 anos, na madrugada do último domingo (19). O vídeo pode ser conferido na página do Facebook da Folha Ribeirão Pires.

As imagens mostram o morador de Ribeirão Pires do lado externo do estabelecimento comercial já imobilizado pelo gerente do restaurante.Momentos depois, Clayton começa agredir Lindoilson com empurrões e tentativa de esganadura, além da agressão psicológica durante a discussão. Um dos homens que presenciou a briga ainda agride o acusado com pontapés enquanto ele já estava imobilizado por Clayton no chão. Ao longo dos quase sete minutos de gravação, Lindoilson não demonstra qualquer tipo de reação contra Clayton.  

Segundo uma pessoa próxima a Lindoilson, que pediu para não ser identificada, a briga teria começado após o jovem, que trabalha como garçom na Estância, ter subido ao palco para dançar com uma das dançarinas. Clayton e os seguranças retiraram o Lindoilson do local e começaram a agredi-lo ainda no interior do estabelecimento. Matheus Ferreira e Marcelo Araújo, amigos de Lindoilson, também foram agredidos no local. A Folha teve acesso a um áudio em que uma das testemunhas relata a agressividade de Clayton e dos funcionários do bar que teriam espancado Lindoilson após retirá-lo do local. “Ele espancou o cara”, diz a testemunha.

Ainda segundo informações, após a briga Lindoilson teria voltado para casa, em Ribeirão Pires, onde pegou a arma, retornou para o bar e efetuou pelo menos três disparos. Além do gerente, que foi atingido no pescoço, os tiros acertaram o braço de um bombeiro. Já o disparo que atingiu o segurança foi bloqueado pelo aparelho celular.

O jovem foi localizado ainda na manhã de domingo escondido debaixo da cama em sua casa, no Jardim Mirante, pela Polícia Militar de Ribeirão Pires. Já a arma utilizada no crime foi encontrada escondida em uma caixa de papelão na casa de Marcelo, com três munições, sendo duas intactas e uma “picotada” (munição que falhou no momento que o atirador efetuou o disparo). Tanto o autor do disparo quanto os dois amigos, que segundo a Polícia Civil possuem coautoria no crime, permanecem presos.