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Familiares de criança atropelada cobram proibição de bicicletas na Praça Central

O pedido é sustentado após o acidente entre um ciclista e um menino de 5 anos que brincava no local

Placa fixada na parede de um quiosque no interior da Vila do Doce

Imagem:Foto: Reprodução

Por Thainá Maria

Não é de hoje que ciclistas de diferentes idades utilizam o espaço livre em frente ao Palco Central da Vila do Doce para passearem com suas bicicletas. O local tornou-se uma verdadeira pista onde é comum ver crianças aprendendo a dar suas primeiras pedaladas ou até mesmo experimentando outros esportes.

No entanto, a área que seria destinada ao lazer dos munícipes tornou-se uma área que oferece riscos aos pedestres deixando-os vulneráveis a acidentes, como o atropelamento de uma criança por um ciclista que, segundo relatos dos próprios familiares, circulava em alta velocidade na rampa de acessibilidade existente próximo aos quiosques, no último dia 28.

Os próprios familiares do garoto procuraram a Folha para expressarem a indignação sobre o acidente que poderia ter sido evitado caso houvesse uma fiscalização efetiva coibindo a circulação de bicicletas no local. Segundo informações apuradas pela Folha, a vítima estava acompanhada pelos pais e os avós quando, por volta das 23h, pediu ao seu pai para brincar de pega-pega com outra criança na praça.

No mesmo momento em que as crianças passavam pela rampa de acesso, o ciclista desceu pelo local em alta velocidade atingindo o menino de 5 anos  “Não sei se não conseguiu frear, perdeu o controle, não importa. O que importa é que ali não era local para ele tá montado na bicicleta e muito menos em velocidade rápida a ponto de quebrar a perna de uma criança” diz o tio da vítima, Fernando Montt.

O menino foi socorrido pelos familiares e levado ao Pronto Socorro Santa Helena, em Mauá, onde teve a fratura na tíbia esquerda constatada. Estima-se que o tempo de recuperação seja de, no mínino, dois meses.

A equipe da Folha percorreu a extensão da Praça Central em buscas de placas de sinalização a respeito da circulação de bicicletas e afins pela região do palco, no entanto só foi constatada placas no interior da Vila do Doce. No aviso fixado na entrada do espaço, não há informações suficientes para interpretação dos usuários que indiquem se a placa é válida apenas para o trecho dos quiosques ou se estende para a Praça Central. Nossa equipe solicitou esclarecimentos para a Prefeitura de Ribeirão Pires, que não se manifestou até o fechamento desta edição.

Montt ainda falou sobre a falta de opções de lazer na Praça Central de Ribeirão Pires. Segundo ele, além do parquinho existente na parte de trás do palco, não há outros locais onde crianças possam brincar em segurança. “Elas só podem brincar ali? Porque se elas forem para frente podem ser atropeladas por bicicletas? Bicicletas que nem deveriam estar ali. A minha vontade é alertar aos demais, porque poderia ter sido algo muito mais grave, poderia ter sido a minha sobrinha de 1 ano e meio e talvez a história seria bem mais drástica.”

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