Saúde

Estado depressivo e depressão tem diferença?

O número de casos de depressão vem aumentando em todo o Brasil

Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento, psicóloga na Clínica Elgra

Imagem:Foto: Pixabay

Por Marília Gabriela

Para muitos, a depressão se tornou o “mal do século” e infelizmente é verdade, podemos ver pelo crescente número de diagnósticos.

Em um relatório apresentado em 2017, a OMS (Organização Mundial da Saúde) revelou que a depressão afeta 322 milhões de pessoas no mundo, quase a população dos Estados Unidos.

No Brasil, os números chegam a 11,5 milhões. Em 2030, ela será a doença mais comum, de acordo com o órgão.

Por isso, Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento, psicóloga na Clínica Elgra, especialista em psicossomática psicanalítica, traz o debate sobre a diferença entre estado depressivo e depressão.

É comum ouvirmos a expressão “estou deprimido” muitas vezes com ironia ou em tom de brincadeira.

O estado depressivo é caracterizado por fases de “baixo-astral” ou “desânimo” relacionado a um evento específico e geralmente ligado à perda, como exemplo, o fim de um relacionamento amoroso, e cada indivíduo reage de uma forma muito pessoal à dor emocional.  

Neste estado é esperado maior irritabilidade, ansiedade, choro, alterações no sono ou na alimentação (muito comum à compulsão por doces). Porém, estes sintomas duram apenas alguns dias, tornando possível a retomada da rotina de forma gradual.

Na depressão, diferente do estado depressivo, os sintomas persistem por pelo menos duas semanas, e pode surgir sem nenhum motivo ou evento que possa desencadear a doença.

A depressão é uma doença que tem tratamento e afeta todas as idades, sexo, classe social e etnias.

Há três níveis de depressão: leve, moderada e grave.

Somente a leve não precisa de medicamentos psiquiátricos. Nas demais é necessário, além do acompanhamento psicológico.

Atualmente, muitos adolescentes estão sendo diagnosticados com depressão e muitos deles se colocam em situações de risco ou se mutilam (se cortam).

A incidência maior da doença é no sexo feminino pela sobrecarga e acúmulo de funções.  

A terapia auxilia o paciente na mudança de comportamento e nos padrões de pensamentos (pessimismo e culpa exagerada).

Para melhoria da qualidade de vida é necessário reconhecer que o indivíduo precisa de ajuda da família, amigos e profissionais da saúde.

O isolamento só piora e agrava o quadro depressivo.

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