Saúde

Desafio de vivenciar a Paralisia Cerebral

Sintomas, tratamentos e inclusão social

Neiriane Tôrres

Imagem:Foto: Pixabay

Por Marília Gabriela

Neiriane Tôrres, psicóloga, pós-graduada em Arte Terapia e Terapias Expressivas pela UNESP e Extensão em técnicas Projetivas, comenta sobre a importância da inclusão da pessoa com Paralisia Cerebral A psicóloga traz um breve retrato sobre o tema. “A Paralisia Cerebral é uma lesão ou má formação causada no cérebro, de caráter não progressivo, mas permanente. Esta pode ocorrer no período da formação do feto, durante o parto ou por infecções, traumas e tumores que podem ocorrer em crianças. Tem como característica o comprometimento motor”, disse Neiriane Torres.

Segundo Bobath, B. e Bobath, K. (1989) o diagnóstico de uma criança com Paralisia Cerebral em sua maioria é realizado após seis meses, devido a sua complexidade. Sua coordenação motora e cognitiva evolui, mas de forma mais lenta se comparada com outras crianças com a mesma faixa etária que não apresentam esta lesão.  A paralisia cerebral é avaliada de acordo com a área afetada no cérebro, que pode comprometer o sistema motor, cognitivo, auditivo, linguagem, entre outros.

Neiriane comenta que ingressou os estudos na área Clinica em função de seu filho. “Meu filho foi diagnosticado com Paralisia Cerebral aos oito meses de idade, a confirmação chegou por meio da médica neuropediatra, que realizou o diagnóstico. Ela informou que meu filho poderia não conseguir desenvolver a fala e/ou possibilidade de andar, porém, era indicado que a família estimulasse a força muscular, coordenação, habilidades sensoriais e motoras”, comenta Neiriane.

A psicóloga passou a buscar ferramentas que pudessem contribuir no crescimento e desenvolvimento de seu filho, que hoje está com seis anos de idade, em fase de alfabetização. Hoje, diversas áreas da Saúde trabalham com crianças, adolescentes e adultos com Paralisia Cerebral, entre as áreas está a fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiólogo, neurologista, psicóloga, entre outros.

Segundo o Ministério da Saúde, em Diretrizes de Atenção à Pessoa com Paralisia Cerebral, a inclusão tem como momento muito importante o período escolar, pois nesse contexto, as habilidades e competências de compreensão e expressão assumem um papel fundamental. Muitas vezes, a comunicação da pessoa com paralisia cerebral dar-se-á por meio de comunicação alternativa e/ou aumentativa. A construção desses mecanismos de comunicação deve respeitar as especificidades individuais para garantir a participação integral da criança no contexto escolar.

Muitas vezes é necessário suprir suas necessidades por meio de tecnologias assistidas e adaptações ao ambiente escolar e domiciliar, como também preparar estes ambientes e as pessoas para viabilizar essa inclusão. “Possibilitar a inclusão é a garantia de um futuro melhor a todos”, finaliza Neiriane Tôrres.

 

Neiriane Tôrres

Psicóloga, pós-graduada em Arte Terapia e Terapias Expressivas pela UNESP e Extensão em técnicas Projetivas.

(CRP 126144)

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