Urnas Funerárias para sepultamento social começaram a chegar na cidade na última sexta-feira
Imagem:Redação
A Folha trouxe como manchete na edição de sexta-feira (27), denúncia de que faltavam caixões para realização do sepultamento social, votado às famílias carentes no município.
Segundos os denunciantes, a orientação era para que eles procurassem uma funerária particular para realizar os serviços, mesmo sem condições para arcar com os custos.
A justificativa: não havia caixões no Serviço Funerário Municipal.
Diante dos questionamentos promovidos pela Folha durante parte da semana passada, o prefeito Kiko Teixeira (PSB) determinou a compra das urnas.
Ainda na manhã da sexta-feira, dia da publicação da reportagem, o Serviço Funerário recebia os caixões.
Indagada sobre a aquisição, a Prefeitura informou apenas que: “o fornecimento refere-se às urnas funerárias para o atendimento do sepultamento social”.
Logo que a remessa de urnas foi chegando à cidade, moradores enviaram imagens para redação.
A reportagem de sexta-feira, intitulada: “Em Ribeirão Pires falta até caixão” foi construída após denúncias de moradores que necessitavam do serviço.
Duas famílias procuraram a Folha para denunciar o descaso, em ambas as situações foram orientadas a buscar serviço particular.
“O momento já é difícil, não ter dinheiro para enterrar uma pessoa que você ama é constrangedor, e ainda receber a informação de que teríamos que procurar uma funerária para comprar o caixão porque a Prefeitura estava sem, é muito triste”, relatou J.S.S., morador da Quarta Divisão.
Por mensagem outro morador desabafou: “Mesmo sendo Lei, o (nome do servidor) falou que só conseguiria retirar as taxas de sepultamento, mas o caixão teríamos que ir atrás de alguma funerária. Ele até indicou uma, mas iria sair muito caro. O mesmo (servidor) disse que já foi pedido caixão pra atender a população mas que ainda não chegou”.
Por telefone, funcionários do setor do Serviço Funerário confirmaram a falta dos caixões. “Estamos sem algumas urnas, mas dizem que logo chegam”, relatou.
Em outro telefonema, um atendente pontuou: “Não é a primeira vez que falta caixão, já fizemos o pedido, mas não chegou ainda”.
Na tarde da quinta-feira (26), a reportagem da Folha voltou a procurar o Serviço Funerário de Ribeirão Pires indagando sobre o fornecimento do caixão social, mas foi informada de que as informações só seriam repassadas pessoalmente.
No mesmo dia, a assessoria de imprensa da Administração Municipal se pronunciou: “a Prefeitura de Ribeirão Pires esclarece que está verificando o caso em questão para tomar as medidas necessárias”.
A Prefeitura de Ribeirão Pires não informou sobre a quantidade de urnas compradas e o período que a cidade ficou sem o serviço social.