Esporte

Atleta de Diadema é medalha de ouro no México e Japão

Catarina Lima mostra medalhas que ganhou no México

Imagem:Divulgação / Thiago Benedetti

Por Redação

Ela chega com um largo sorriso no rosto e já vai mostrando as medalhas que ganhou em campeonatos recentes. Duas delas, uma de ouro e outra de bronze, pela participação, no primeiro semestre deste ano, no Campeonato de Nado Sincronizado Adaptado - “Cancún Sincro Open – 2019”, no México. Outras três, duas de ouro e uma de prata, por ter competido nos 63º Jogos Regionais de Sorocaba, realizados em julho passado, no interior de São Paulo.

Esta é Catarina Lima de Oliveira, 18 anos, moradora de Diadema e competidora de torneios nacionais e internacionais para pessoas com deficiência. A paratleta pratica natação há 14 anos e no “Cancún Sincro Open – 2019”, com participantes de vários países, a medalha de ouro foi conquistada como integrante da ParaSincro Brasil-AACD, equipe criada pela Associação de Assistência à Criança Deficiente. A de bronze foi por apresentação solo no mesmo torneio.  As três medalhas ganhas nos 63º Jogos de Sorocaba foram por ter se destacado nas competições 100 e 50 metros, nado costas 

“Eu amo nadar. Quando estou na água, me sinto livre e muito feliz”, declara Catarina, estudante do terceiro ano do Ensino Médio, na Escola Estadual Professor Delcio de Souza Cunha, no Jardim Canhema. Conciliando os estudos com a natação, a paratleta realiza seus treinos no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), que fica no Bairro Jabaquara, na divisa com Diadema. É também no CPB que Catarina encontra com os outros cinco integrantes da ParaSincro Brasil-AACD e se prepara para as competições.

Aos 2 anos de idade, na AACD, Catarina foi diagnosticada como portadora de Hemiparesia LE, um tipo de paralisia cerebral que dificulta os movimentos de um dos lados do corpo. A atleta tem limitação no braço e na perna direita. Frequentando a AACD, a esportista começou a nadar e descobriu sua habilidade e a vencer campeonatos.

 “Foi na AACD que comecei a minha vida esportiva. Em 2014, a professora Edna Garcez montou uma equipe de natação competitiva e me convidou para fazer parte do grupo. É muito gratificante participar desse time”, ressalta a esportista que revela, ainda, o objetivo de lutar para que o nado sincronizado adpatado brasileiro seja um esporte paralímpico. “Essa modalidade é praticada em vários países, como Canadá, Austrália, México, Estados Unidos e Itália, mas, ainda, não foi aceita em uma Paralimpíada. Quem sabe em Paris, na França, em 2024!”, acrescenta Catarina. 

Outras vitórias – Foi no ano de 2017, integrando a equipe da ParaSincro Brasil - AACD, que Catarina ganha pela primeira vez a medalha de ouro no “Cancún Sincro Open”, no México. Em 2016 e 2018, no Japão, o grupo de atletas participa em Kioto, do Festival de Nado Sincronizado Para Portadores de Deficiência e consegue vencer os dois campeonatos. Também em 2017, competindo individualmente, Catarina foi novamente medalhista de ouro, 50 metros nado costas, nos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (JEESP). 

Focada na natação e em superar obstáculos, Catarina, além do nado sincronizado e de costas, também pratica nado peito e crawl.

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